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TDAH: Supere os Desafios da Desatenção e da Impulsividade

TDAH - transtorno de déficit de atenção/hiperatividade, é muito comum na infância e na adolescência. Descubra os principais sintomas.

Luciana Simões

TDAH: um transtorno de ordem familiar, educacional e social.

O transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH), é um dos transtornos neurocomportamentais mais comuns da infância e pode afetar significativamente o desempenho da criança e adolescentes, interferindo no convívio social.

Tendo início na infância, se estendendo na adolescência e também presente na fase adulta, o transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH) é marcado por ansiedade, falta de atenção, desvio de foco, entre outros. 

Estudos realizados mostram que meninos têm duas vezes mais chances de desenvolver o transtorno por seus comportamentos hiperativos mais acentuados, sendo mais fácil de observar.

A seguir, vamos explorar mais sobre o TDAH, transtorno este que atinge uma taxa de 5% a 8% da população mundial.

TDAH: um transtorno de ordem familiar, educacional e social.
TDAH: um transtorno de ordem familiar, educacional e social. (Imagem: Canva)

O que é o Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH)?

O TDAH é considerado um problema de ordem neuropsiquiátrica marcado por manifestações como falta de atenção, inquietação e impulsividade. Sendo mais comum na fase da infância, o TDAH na fase da adolescência gera prejuízos de ordem comportamental e emocional, especialmente na fase da escola, onde meninos e meninas encontram grande dificuldade de concentração. Veja também: Bullying

Muitas vezes esses adolescentes são mal compreendidos, por este motivo recomenda-se que professores e pais busquem orientação de um profissional habilitado para realizar o diagnóstico de avaliação.

Quais são as possíveis causas do TDAH?

A genética é uma das principais causas, visto que, muitos pais ao passarem por testes e diagnósticos para serem avaliados, descobrem que também possuem o transtorno, é muito comum isso ser passado de geração para geração seguindo traços familiares.

Outra questão que influencia muito são os casos de mães fumantes no período de gestação, ou que fazem uso excessivo de bebidas alcoólicas, podem ter filhos com o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). 

Além disso, fatores como o ambiente, a conduta dos pais, maus tratos ao bebê no início do primeiro ano de vida, também são fatores que podem contribuir para o desenvolvimento do TDAH. 

Sintomas característicos do TDAH?

  • Desatenção: dificuldade de concentração em determinadas tarefas ou atividades. Facilidade para se distrair com coisas à sua volta, dificuldade em seguir instruções, limitando sua capacidade de manter-se focada por mais tempo.
  • Hiperatividade: constante inquietação, intensa agitação, falta de paciência.
  • Combinado: é quando o indivíduo apresenta dois ou mais sintomas.
Criança apresentando o TDAH durante o processo terapêutico.
Criança apresentando o TDAH durante o processo terapêutico. (Imagem: Canva)

Como saber se seu filho tem déficit de atenção?

Nos casos em que a criança começa a apresentar certos comportamentos característicos, como: fala excessiva, dificuldade de memorização, desinteresse por atividades, desmotivação, indisciplina, dificuldade de interação social, dificuldade em respeitar regras, dispersão, falta de organização, dentre outros.

Dessa forma, caso você identifique esses comportamentos com frequência em seu filho, para um diagnóstico mais preciso, é necessário passar pela avaliação de um profissional de saúde onde será realizado testes clínicos. Quanto mais cedo o TDAH for diagnosticado, menos repercussão isso vai ter na vida adulta.

Como é diagnosticado o TDAH na infância?

Para a realização do diagnóstico é necessário a identificação de comportamentos com base em diferentes contextos, considerando a hereditariedade, escola e convívio social. Alguns testes clínicos e questionário de perguntas (anamnese) são essenciais para o diagnóstico adequado.

Contudo, nenhum exame é capaz de oferecer um diagnóstico preciso, sendo necessária uma avaliação por uma equipe multidisciplinar composta por neurologistas ou psiquiatras, psicólogos, fonoaudiólogos e psicopedagogos.

Como é realizado o tratamento do TDAH?

O tratamento do TDAH envolve o acompanhamento psicoterapêutico com profissionais da saúde, além do tratamento farmacológico que consiste na administração de remédios para melhorar a atenção e concentração, além de reduzir o comportamento impulsivo.

No Brasil, alguns remédios disponíveis apresentam eficácia comprovada no tratamento do TDAH, como o metilfenidato, conhecido pelo nome comercial Ritalina. Outro remédio com resultados comprovados é o Venvanse (dimesilato de lisdexanfetamina), que pode ser administrado em doses únicas ou fracionadas.

Vale lembrar que esses remédios devem ser prescritos e acompanhados por um médico, pois são de uso restrito e controlado, sendo vendidos na farmácia mediante receita médica amarela, isto é, o famoso “chequezinho amarelo”.

A importância do apoio familiar e da escola

Em resumo, é de suma importância o aconselhamento familiar envolvendo os pais, cuidadores e professores das crianças com TDAH, visto que, crianças com as quais os pais estão mais envolvidos apresentam melhores desempenhos escolares e convívios com outras pessoas, pois têm menos problemas de disciplina e melhores habilidades de autocontrole.

Portanto, o conhecimento prévio por parte dos pais e cuidadores no processo educativo, visa facilitar o convívio familiar e também social, auxiliando no desenvolvimento e desempenho da criança e adolescente.

Dessa forma, a criança sente-se segura e acolhida para lidar com os desafios do TDAH no dia a dia, diminuindo assim os impactos nas relações interpessoais.

Luciana R. Simões é Farmacêutica formada pela Universidade Presidente Antônio Carlos – UNIPAC com CRF/MG: 25.741 – Pós-graduada em Farmacologia: Atualização e Novas Perspectivas pela Universidade Federal de Lavras – UFLA. Possui formação em Farmácia Clínica e Serviços Farmacêuticos pela ABRAFARMA; em Capacitação em Serviços de Vacinação em Farmácias pela IBras – Faculdade Catedral; Curso de Formação Gerencial da Farmácia Indiana. Atuou como Gerente Farmacêutica na Farmácia Indiana e na linha de frente do COVID-19 no processo de testagem rápida de anticorpos e de antígeno. Além disso, possui experiência há mais de 12 anos no mercado farmacêutico.

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