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Saúde Da Mulher: Alerta para Mulheres de 25 a 45 anos

Saúde da mulher: diversos são os desafios enfrentados pelas mulheres desde a sua adolescência até a idade avançada. Saiba mais!

Luciana Simões

A saúde da mulher requer cuidados ginecológicos e também mentais e emocionais.

A saúde da mulher é um tema de grande relevância e engloba diversos aspectos, entre eles: mentais, emocionais e físicos. A saúde e o bem-estar feminino é um assunto bastante discutido por profissionais da saúde.

Os desafios enfrentados pelas mulheres desde a sua adolescência até a idade avançada são os mais diversos, muitas delas no seu processo de desenvolvimento passam por problemas como, traumas, medos, depressão e também físicos. A seguir, apresentaremos tópicos de assuntos relacionados à saúde da mulher entre o período da idade de 25 aos 45 anos.

A saúde da mulher requer cuidados ginecológicos e também mentais e emocionais.
A saúde da mulher requer cuidados ginecológicos e também mentais e emocionais. (Imagem: Canva)

1) Endometriose

A endometriose é uma doença muito comum nas mulheres e é caracterizada quando a camada que reveste o útero internamente, chamado de tecido endometrial, é espalhado pelas trompas, ovário, bexiga e intestino, ou seja, para fora do seu local de origem.

Além disso, a endometriose pode ser causada por ação imunológica ou refluxo do sangue menstrual através das trompas, conhecida como menstruação retrógrada. Alguns fatores de risco podem impactar na saúde da mulher e ocasionar a doença como, histórico familiar, filhos após os 35 anos, ciclos menstruais curtos, mulheres magras, dentre outros.

Contudo, a doença apresenta sintomas característicos que incluem: dor pélvica, cólica menstrual intensa, fluxo menstrual aumentado, dor nas relações sexuais, dor ao urinar, sangue na urina e dor abdominal, além de ter como consequências o surgimento de cistos ovarianos e causar infertilidade.

2) A saúde da mulher e a Síndrome pré-menstrual (SPM)

Em termos de conceito, para que uma paciente tenha uma SPM, ela precisa apresentar pelo menos dois sintomas: um sintoma afetivo e um somático. Durante pelo menos 5 dias antes da menstruação, por pelo menos 3 ciclos seguidos.

Dentre os sintomas afetivos encontram-se:

  • Depressão;
  • Ansiedade;
  • Irritabilidade;
  • Explosão de raiva;
  • Isolamento social;
  • Confusão mental;
  • Insônia, esses são os sintomas relacionados ao emocional e psicológico.

Dentre os sintomas somáticos destacam-se:

Essas são algumas das características da SPM. Lembrando que é necessário um diagnóstico clínico para avaliação da época em que surgiram os sintomas e a sua intensidade.

Mulher irritada gritando com o esposo.
Mulher irritada gritando com o esposo. (Imagem: Canva)

3) Candidíase

A candidíase é uma infecção que afeta a saúde da mulher, e é causada por um fungo. Existem algumas espécies de candida, o mais comum é o fungo candida albicans. As regiões mais acometidas são as regiões da pele, boca, tubo digestivo e principalmente a vagina.

A vagina tem mais facilidade de adquirir a candidíase, cerca de 75% das mulheres em algum momento vão ter algum episódio de candidíase, devido a algumas alterações na flora vaginal como: calor, umidade e outros fatores que fazem com que esta região seja mais afetada podendo provocar coceira, secreção, inflamação na área genital.

Alguns cuidados importantes para prevenir a candidíase:

  • Higiene adequada: manter as regiões afetadas limpas e secas, evitar roupas apertadas, roupas de algodão.
  • Evitar o excesso de umidade: manter seca as regiões afetadas após o banho.
  • Dieta equilibrada: pode auxiliar como forma de prevenção fortalecendo o sistema imunológico.
  • Não compartilhar objetos pessoais como: roupas íntimas, toalhas, evitando a propagação da infecção.

Além desses cuidados, se você está enfrentando algum dos sintomas da candidíase é importante evitar a automedicação e buscar apoio médico, visto que a saúde da mulher é de extrema importância em todos os aspectos.

4) Infecção urinária

É caracterizada pela penetração de bactérias no trato urinário, na bexiga e nos rins. É causada pelas bactérias que se encontram no intestino, principalmente pela Escherichia coli. Também é uma condição mais comum em mulheres, devido à anatomia da mulher, onde a uretra é mais curta, próxima à vagina e ao ânus.

Além disso, Infecções do trato urinário, se não forem tratadas adequadamente ou se ocorrerem repetidamente, podem causar complicações renais. Veja também: Doenças renais

Ao apresentar os seguintes sintomas, como dor ao urinar, ardência, sangramento na urina, aumento da frequência urinária, febre e calafrios, deve-se procurar o médico imediatamente para realizar o diagnóstico e tratamento. Vale lembrar que o diagnóstico pode ser feito através do exame físico e do exame de urina.

O tratamento é basicamente com antibióticos orais e em casos mais graves pela via intravenosa. A infecção urinária não é uma infecção transmissível e alguns cuidados devem ser tomados, como beber bastante água, não prender a urina por muitas horas, realizar higiene íntima adequada, etc.

5) Síndrome dos ovários policísticos (SOP)

A síndrome dos ovários policísticos (SOP) é uma síndrome representada pela irregularidade menstrual, falta de ovulação e excesso de hormônios masculinos na mulher.

Pode ser diagnosticado pela forma clínica pela presença de sintomas, como o aumento de pelos, pele oleosa, acne, alteração da voz, queda de cabelo, aumento de testosterona no sangue. Também, os ovários policísticos podem estar associados a outras condições, como aumento de peso, diabete, hipertensão e colesterol.

Portanto, o tratamento consiste em duas formas:

  • Mulheres que querem engravidar: o tratamento é específico para estimular a ovulação.
  • Mulheres que não querem engravidar: o tratamento é realizado com anticoncepcionais.

6) Dor durante a relação sexual (dispareunia)

Se você é daquelas mulheres que sente dores na relação sexual, você pode estar sofrendo de dispareunia. A dispareunia é mais comum em mulheres do que em homens.

Para muitas mulheres, aquilo que deveria ser um momento de prazer, pode ser um ato de extrema dor no momento da relação sexual com seu parceiro. Em caso de apresentar fortes dores durante a relação sexual, fique atenta aos sinais.

Segundo especialistas, são comuns casos em que as dores no ato da relação se assemelha a algo que queima, arde enquanto há penetrações, até mesmo horas após ter tido a relação.

  • Dor superficial: ocorre ao redor da entrada da vagina durante a penetração. 
  • Dor profunda: ocorre durante os movimentos do pênis.

Dessa forma, as dores podem variar de grau e de intensidade, de uma leve dor a uma dor mais aguda. Além disso, as dores podem ocorrer na região externa da vagina, na entrada, no meio ou até mesmo no profundo da vagina.

Suas causas podem ser distintas. Dentre as causas psicológicas destacam-se: 

  • Traumas
  • Medos
  • Ansiedade e estresse
  • Depressão

Em alguns casos a terapia sexual e a psicoterapia podem auxiliar no tratamento para as questões psicológicas relacionadas à dispareunia.

7) Enxaqueca e dor de cabeça

A enxaqueca e dor de cabeça podem variar de pessoa para pessoa em intensidade e frequência, tendo grande incidência no público feminino. Geralmente essas dores estão associadas a alguma doença ou estado emocional.

Alguns fatores também podem desencadear a enxaqueca e dor de cabeça, como: estresse, má alimentação, insônia, bebidas alcoólicas, exposição excessiva a tela de dispositivos eletrônicos, dentre outros.

A diferença entre a enxaqueca e dor de cabeça é que a enxaqueca é uma doença primária caracterizada pela pulsação de um lado da cabeça, podendo durar até 72 horas, já a dor de cabeça acontece nos dois lados da cabeça ou em uma parte específica, como a testa ou nuca.

Portanto, quando começar a sentir os primeiros sinais da enxaqueca ou dor de cabeça, procure um médico para o diagnóstico e tratamento adequados.

Luciana R. Simões é Farmacêutica formada pela Universidade Presidente Antônio Carlos – UNIPAC com CRF/MG: 25.741 – Pós-graduada em Farmacologia: Atualização e Novas Perspectivas pela Universidade Federal de Lavras – UFLA. Possui formação em Farmácia Clínica e Serviços Farmacêuticos pela ABRAFARMA; em Capacitação em Serviços de Vacinação em Farmácias pela IBras – Faculdade Catedral; Curso de Formação Gerencial da Farmácia Indiana. Atuou como Gerente Farmacêutica na Farmácia Indiana e na linha de frente do COVID-19 no processo de testagem rápida de anticorpos e de antígeno. Além disso, possui experiência há mais de 12 anos no mercado farmacêutico.

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