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Lúpus Eritematoso: 7 Perguntas Frequentes

Saiba mais sobre o lúpus eritematoso e os fatores que desencadeiam essa condição!

Luciana Simões

Lúpus eritematoso doença inflamatória crônica que ataca o organismo e os tecidos.

O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença inflamatória crônica disfuncional do sistema imune que ataca o organismo e os tecidos saudáveis, resultando em inflamação e um encadeamento de sintomas.

Até o momento não existe cura para a enfermidade, no entanto, existe tratamento para o controle da doença, quanto mais precocemente for diagnosticada e tratada, maiores são as chances de evolução satisfatória do quadro.

O lúpus é mais comum em mulheres com idade entre 20 e 30 anos, sendo mais grave em mulheres não brancas, não descartando a possibilidade de acometer pessoas de outras idades, inclusive crianças. A seguir, responderemos algumas perguntas relacionadas ao lúpus, como sintomas, diagnóstico e tratamento.

Lúpus eritematoso doença inflamatória crônica que ataca o organismo e os tecidos.
Lúpus eritematoso doença inflamatória crônica que ataca o organismo e os tecidos. (Imagem: Canva)

O que leva uma pessoa a ter lúpus?

Embora a causa exata seja desconhecida, diversos fatores desempenham um papel importante na predisposição ao lúpus. A genética desempenha um papel crucial; pessoas com histórico familiar da doença têm maior probabilidade de desenvolvê-la.

Também, a exposição a certos desencadeadores ambientais, como a luz solar ultravioleta, infecções virais e o uso de alguns remédios, pode aumentar a chance de desenvolver lúpus.

Reconhece-se que a combinação de predisposição genética e exposição a esses fatores seja responsável pela ativação do sistema imunológico de maneira inadequada.

Além disso, o gênero desempenha um papel notável, uma vez que o lúpus afeta predominantemente mulheres em idade fértil. Os hormônios sexuais, como o estrogênio, podem estar relacionados à susceptibilidade ao lúpus, embora a relação exata ainda não seja totalmente compreendida.

Quais órgãos o lúpus eritematoso ataca?

Os órgãos frequentemente afetados no lúpus eritematoso são: a pele, as articulações, os rins, o coração, os pulmões e o sistema nervoso central.

A pele pode apresentar erupções cutâneas características, como a erupção em forma de borboleta no rosto, e sensibilidade à luz solar. É importante lembrar de dois fatores agravantes do lúpus, a qual são a exposição à luz solar e o uso do cigarro.

O lúpus pode causar inflamação nas articulações, resultando em dor e inchaço. No entanto, o impacto mais grave ocorre nos rins, onde a doença pode causar danos progressivos, às vezes levando à insuficiência renal. O sistema cardiovascular também está em risco, com aumento do risco de doenças cardíacas.

Como se manifesta o lúpus eritematoso?

O lúpus eritematoso é uma doença autoimune que pode se manifestar de várias maneiras e os sintomas podem ser intermitentes, com períodos de exacerbação e remissão, onde os sintomas diminuem.

Erupção em formato de borboleta.
Erupção em formato de borboleta. (Imagem: Canva)

Alguns das manifestações comuns incluem:

  • Erupções cutâneas: uma erupção em formato de borboleta que se estende pelas bochechas e a ponte do nariz é uma característica distintiva do lúpus, mas também podem ocorrer erupções em outras áreas do corpo, muitas vezes agravadas pela exposição ao sol.
  • Fadiga: a fadiga é um sintoma comum do lúpus eritematoso e pode ser debilitante, interferindo nas atividades diárias.
  • Dor nas articulações: o lúpus eritematoso frequentemente causa dor e inflamação nas articulações, semelhante à artrite.
  • Febre: febres baixas a moderadas podem ocorrer durante os tempos de atividade da doença.
  • Danos nos órgãos internos: pode afetar uma variedade de órgãos internos, incluindo os rins, coração, pulmões e sistema nervoso.

Os sintomas podem variar, dependendo do órgão afetado, e incluem problemas renais, dor no peito, dificuldade respiratória e distúrbios neurológicos.

  • Problemas sanguíneos: o lúpus pode causar distúrbios sanguíneos, como anemia, baixa contagem de plaquetas e aumento do risco de coágulos sanguíneos.
  • Sensibilidade à luz solar: muitas pessoas com lúpus experimentam sensibilidade extrema à luz solar, levando a erupções cutâneas quando expostas ao sol.
  • Doenças cardíacas: o lúpus eritematoso pode aumentar o risco de doenças cardiovasculares, como inflamação do revestimento do coração (pericardite) e lesões nas artérias.

Existe cura para a doença de lúpus?

O lúpus é uma condição crônica e autoimune, o que significa que não tem uma cura conhecida até o momento. No entanto, é importante destacar que muitos avanços na compreensão e tratamento do lúpus têm sido feitos ao longo dos anos.

Os objetivos principais para tratar o lúpus é controlar os sintomas, prevenir surtos e complicações, e a evolução do quadro, além de minimizar o impacto da condição no bem-estar do indivíduo.

Qual a importância do apoio psicológico?

Por se tratar de uma doença crônica, o lúpus não apenas envolve desafios físicos, mas também pode afetar de maneira significativa a saúde mental e emocional da pessoa portadora da doença. Enfrentar essa condição é um grande desafio que requer o suporte psicológico, como apoio de familiares e ajuda de profissionais da saúde mental.

Os benefícios que a pessoa portadora da doença pode ter são os seguintes:

I) Facilitação da compreensão e da adesão ao tratamento;

II) Gerenciamento do estresse e da ansiedade;

III) Apoio na adaptação e aceitação;

IV) Melhoria da qualidade de vida;

V) Promoção do bem-estar emocional.

De que forma é realizado o diagnóstico?

O diagnóstico do lúpus eritematoso é um processo complexo que requer a avaliação de sintomas, exames clínicos e testes laboratoriais. Os profissionais de saúde, geralmente, utilizam uma abordagem multidisciplinar para diagnosticar o lúpus. Aqui estão os principais componentes do diagnóstico:

  • Histórico médico;
  • Exame físico;
  • Exames laboratoriais;
  • Testes de função renal;
  • Testes de imagem (ultrassonografia, tomografia e ressonância);
  • Biópsia.

É importante ressaltar que o diagnóstico pode ser desafiador, pois os sintomas variam amplamente entre os pacientes e podem se sobrepor a outras condições médicas. Além disso, o diagnóstico muitas vezes envolve a exclusão de outras doenças que podem apresentar sintomas semelhantes.

Quais as opções de tratamento?

O tratamento do lúpus eritematoso visa controlar a inflamação, aliviar os sintomas, prevenir danos aos órgãos e melhorar o bem-estar dos pacientes. As opções de tratamento podem variar dependendo da gravidade e dos órgãos afetados, mas geralmente são:

Corticosteroides

Os corticosteroides, como a prednisona, são usados para controlar inflamações agudas e sintomas graves do lúpus. No entanto, o uso prolongado de corticosteroides pode ter efeitos colaterais significativos, como, por exemplo, inchaços e ganho de peso.

Imunossupressores

São usados para suprimir o sistema imunológico e controlar a atividade do lúpus, especialmente quando os órgãos estão gravemente envolvidos.

Remédios para sintomas específicos

Os médicos podem prescrever remédios para tratar sintomas específicos, como analgésicos para dor, anti-inflamatórios não esteroides para inflamação articular e remédios para controle da pressão arterial quando o lúpus afeta os rins.

Proteção solar e medidas de autocuidado

Devido à sensibilidade à luz solar comum no lúpus eritematoso, a proteção solar adequada, como o uso de protetor solar e roupas de proteção, é importante para prevenir erupções cutâneas.

Terapia física e ocupacional

Terapeutas físicos e ocupacionais podem ajudar a gerenciar problemas musculares e articulares e a desenvolver estratégias para lidar com a fadiga e a perda de função.

Por fim, conhecer mais sobre o lúpus eritematoso é fundamental para melhorar o diagnóstico. Dessa forma, ao deparar com histórico familiar ou sintomas característicos desta condição, recomenda-se procurar ajuda médica para realizar uma avaliação adequada e tratamento personalizado.

Luciana R. Simões é Farmacêutica formada pela Universidade Presidente Antônio Carlos – UNIPAC com CRF/MG: 25.741 – Pós-graduada em Farmacologia: Atualização e Novas Perspectivas pela Universidade Federal de Lavras – UFLA. Possui formação em Farmácia Clínica e Serviços Farmacêuticos pela ABRAFARMA; em Capacitação em Serviços de Vacinação em Farmácias pela IBras – Faculdade Catedral; Curso de Formação Gerencial da Farmácia Indiana. Atuou como Gerente Farmacêutica na Farmácia Indiana e na linha de frente do COVID-19 no processo de testagem rápida de anticorpos e de antígeno. Além disso, possui experiência há mais de 12 anos no mercado farmacêutico.

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