A foliculite é uma condição inflamatória da pele que ocorre na camada conhecida como epiderme, mais especificamente no folículo piloso. Que são estruturas localizadas na epiderme e na derme (camadas superficiais da pele) e estão associadas à produção de cabelo.
Quando esses folículos ficam inflamados devido à infecção por bactéria, fungos ou outros fatores irritantes, desenvolve-se a condição da foliculite. A causa mais comum é por microtraumas onde a bactéria Staphylococcus aureus invade e gera inflamação, visto que é um tipo de bactéria que já existe no nosso organismo.
A foliculite pode surgir na forma de pápulas, lesões caracterizadas por pequena elevação (bolinhas vermelhinhas ou rosadas), inicialmente ela não é purulenta, mas progressivamente pode surgir pus, e em alguns casos pode evoluir para um nódulo conhecido como furúnculo, o que é mais profundo e pode causar maiores danos na pele, como cicatriz e mancha.
Veja a seguir, quais são as causas, sintomas, diagnóstico, tratamento e outras dúvidas frequentes relacionadas à foliculite.
1) Quais as possíveis causas da foliculite?
Dentre as possíveis causas podem destacar:
- Bactérias, como Staphylococcus aureus, fungos, como os do gênero Malassezia e vírus.
- Irritação causada por depilação;
- Fricção de roupas apertadas;
- Suor excessivo;
- Uso excessivo de produtos capilares;
- Falta de higiene adequada ou bloqueio dos folículos capilares.
Além disso, pode afetar tanto mulheres quanto homens, sendo que nas mulheres a região mais comum de acometer é a virilha, enquanto nos homens as regiões mais afetadas são o couro cabeludo e a barba.
2) Quais são os sinais da foliculite?
Os sintomas podem variar em gravidade e incluem:
- Pápulas ou Pústulas: pequenas elevações vermelhas ou brancas que podem se assemelhar a espinhas. Veja também: Psoríase.
- Comichão: muitas vezes, a área afetada pode apresentar coceira.
- Inchaço: devido à inflamação do folículo piloso, pode ocorrer o inchaço na área afetada.
- Vermelhidão: a pele ao redor do folículo pode ficar vermelha.
- Sensibilidade ou dor: a área afetada pode ser sensível ao toque ou dolorosa.
- Formação de crostas e úlceras: isso é possível nos casos mais graves, da foliculite
- Descamação da pele: existem casos em que a pele ao redor dos folículos inflamados pode descamar.
3) Como a foliculite é diagnosticada?
Geralmente é feito por um dermatologista, visto que o médico pode fazer o diagnóstico com base na avaliação clínica dos sintomas e, em alguns casos, pode ser indispensável realizar exames extras para descartar outras condições de pele.
O processo de diagnóstico pode incluir:
- Exame visual;
- Histórico Médico do paciente;
- Avaliação dos Sintomas;
- Exame de Sangue pode ser solicitado pelo médico para verificar a origem bacteriana ou fúngica;
- Biópsia de pele para situações graves.
4) Qual é o tratamento?
Algumas abordagens comuns utilizadas na administração da foliculite, as quais podemos citar:
- Medicamentos tópicos e orais, como antibióticos e corticosteroides para auxiliar no tratamento e combater a infecção.
- Tratamentos caseiros, como higienização;
- Evitar uso de substâncias irritantes;
- É essencial manter os cuidados locais com a pele, como evitar coçar ou espremer as lesões;
- Manter as áreas afetadas limpas e secas;
- Usar roupas soltas para reduzir o atrito na região afetada e evitar uso de produtos que causam irritação na pele.
Além disso, recomenda-se realizar em casa compressas quentes para aliviar a inflamação e auxiliar na drenagem do pus.
5) A foliculite é contagiosa?
A foliculite em si não é considerada uma condição altamente contagiosa. No entanto, existe sim uma pequena possibilidade de transmissão, vejamos a seguir:
Em casos de foliculite por infecção bacteriana, pode haver um risco mínimo de transmissão, neste caso, é aconselhável manter a higienização da região lesionada e evitar ao máximo o compartilhamento de itens pessoais e o contato direto com as lesões e secreções, seguindo o tratamento personalizado para acelerar a recuperação.
6) A depilação aumenta o risco de foliculite?
Sim, a depilação pode causar pequenas lesões aumentando o risco de desenvolver foliculite, especialmente se não for realizada de maneira adequada.
Se você desenvolver foliculite após a depilação ou se os sinais persistirem, é aconselhável procurar a orientação de um dermatologista para o diagnóstico preciso e a administração das lesões.
7) A foliculite tem cura definitiva?
A cura definitiva da foliculite pode depender de vários fatores, como a gravidade dos sintomas e a eficácia do tratamento adotado. Existem casos menos agressivos que ela pode ser controlada e tratada com sucesso, já nos casos crônicos ou recorrentes, a condição pode persistir ao longo do tempo.
Recomenda-se, entrar com medidas adequadas para reduzir a inflamação, tratar a infecção (se presente) e prevenir recorrências.
8) Qual a forma de prevenção?
Seguem abaixo, algumas formas de prevenção, são elas:
- Realizar esfoliação 2 vezes na semana;
- Usar roupas não apertadas e preferencialmente as de tecido algodão;
- Manter a pele higienizada optando por sabonete com pH neutro;
- Fazer hidratação da pele;
- Evitar banhos prolongados e muito quentes;
- Não espremer ou tocar com os dedos contaminados;
- Evitar o compartilhamento de objetos pessoais;
- Evitar depilação agressiva;
- Cuidado ao se barbear com lâminas.
Receita de esfoliação caseira a base de mel e aveia
Ingredientes:
- Mel
- Aveia
Modo de Preparo:
- Utilize 3 colheres de sopa de mel, mais 1 colher de aveia, mexa por algumas vezes e depois deixe descansar por 10 minutos.
- Aplique sobre a pele massageando suavemente por alguns minutos e logo após remova com água.
Por fim, se você está sofrendo com a foliculite, buscar a orientação do médico dermatologista é uma parte essencial dos cuidados para a sua pele. O tratamento personalizado feito com o dermatologista pode diminuir os riscos de manchas e cicatrizes.