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Câncer de Mama: O que Você Mulher precisa Saber

O câncer de mama é uma das doenças que mais mata mulheres no mundo. Descubra quais são os fatores de riscos, sintomas e tratamento.

Luciana Simões

Câncer de mama: uma doença que atinge um número significativo de mulheres no mundo.

O câncer de mama é o tipo de doença mais comum e mais fatal entre as mulheres. Em 2020, a doença representou 24,5% dos novos casos de câncer no mundo, e 15,5% dos óbitos por neoplasias em mulheres.

No Brasil, o câncer de mama fica atrás apenas do câncer de pele não melanoma, visto que a incidência e a mortalidade da doença cresce principalmente depois dos 40 anos, mas podem ser evitados por hábitos de vida saudável.

Além disso, o diagnóstico precoce é fundamental para aumentar as chances de recuperação da doença, pois quando associado com o tratamento correto, pode alcançar até 95% de melhora dos casos. A seguir, vamos abordar o que é, os fatores de riscos, o diagnóstico e o tratamento do câncer de mama.

Câncer de mama: uma doença que atinge um número significativo de mulheres no mundo.
Câncer de mama: uma doença que atinge um número significativo de mulheres no mundo. (Imagem: Canva)

O que é o câncer de mama?

O câncer é o crescimento desordenado de células defeituosas e a formação de um tumor maligno, especificamente na mama. A doença, geralmente, apresenta lesões indolores, fixas e com bordas irregulares, acompanhadas com alterações na pele quando em estágio avançado.

O câncer de mama é um dos tipos de cânceres mais temidos pelas mulheres, pois pode causar efeitos psicológicos, tais como: ansiedade, depressão, baixa autoestima, alterações da sexualidade e da imagem corporal. Também, o câncer de mama pode ocorrer em homens, sendo um tipo de câncer mais raro.

Quais os sinais e sintomas do câncer de mama?

Alguns dos principais sinais e sintomas que devem ser observados são:

  • Alterações no tamanho ou forma da mama;
  • nódulo endurecido;
  • inchaço, calor ou dor na pele da mama, ainda que não tenha presença de nódulo;
  • sensação de nódulo aumentado na axila;
  • engrossamento ou retração da pele, ou do mamilo;
  • secreção com sangue ou líquida pelos mamilos;
  • desconformidade de uma mama e outra;
  • endurecimento da pele da mama, ou axila, parecido com o da casca de laranja;
  • coceira frequente na região da mama ou no mamilo;
  • formação de crostas ou feridas na pele junto do mamilo;
  • inversão do mamilo;
  • dores na mama ou no mamilo.

Os fatores de riscos

Os fatores de riscos relacionam-se com:

I. Histórico familiar: mulheres que tiveram alguém na família que foi acometido pela doença, a genética;

II. Biologia celular: a biologia celular da mulher é uma área ampla e complexa que abrange desde o desenvolvimento embrionário até o envelhecimento.

III. Menstruação: mulheres com início ainda muito jovem;

IV. Idade avançada: mulheres que tiveram a menopausa tardia (aos 55 anos ou mais), também a gestação acima dos 30 anos.

V. Outros fatores como: tabagismo, obesidade, alcoolismo e má alimentação.

A mamografia de rotina é indicada a partir de qual idade?

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA) é recomendado a realização da mamografia anualmente, a partir de 40 anos, com intervalo máximo de dois anos após os 50 anos. No entanto, a partir de 35 anos é indicado para mulheres com histórico familiar ou que apresente alteração nos exames realizados.

Contudo, o Ministério da Saúde indica a realização anual do exame de mamografia de forma preventiva pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para mulheres entre 50 a 69 anos, sendo que pesquisas demonstram que 40% dos casos novos de câncer de mama acontecem em mulheres com menos de 50 anos.

Mulheres com próteses de silicone aumentam o risco de câncer de mama?

Estudos realizados demonstram uma possível relação entre implantes de silicone e o câncer de mama, pois existem relatos do uso da prótese de silicone e o surgimento de carcinomas. Entretanto, não se pode afirmar a correlação entre implantes de silicone e o risco de desenvolvimento posterior de câncer de mama.

Como é feito o diagnóstico?

  • Autoexame (exame de toque e observação das mamas);
  • biópsia;
  • mamografia;
  • ultrassonografia;
  • ressonância magnética das mamas;
  • testes genéticos;
  • marcadores tumorais.
Câncer de mama: mulher fazendo autoexame por meio do toque.
Câncer de mama: mulher fazendo autoexame por meio do toque. (Imagem: Canva)

Tratamento

O tratamento depende de alguns fatores a serem considerados por parte do médico ou especialista como: a idade, as características do tumor, estágio entre outros. As opções mais comuns como forma de tratamento incluem:

Cirurgia: uma parte considerável de pessoas precisará passar pelo processo de cirurgia em algum momento do tratamento, para remover o máximo do tumor.

Radioterapia: umas das formas de eliminar as células do câncer de mama, é por meio da radiação, visando recuperar e aliviar os sintomas.

Quimioterapia: é quando se utiliza de remédios anticancerígenos, podendo ser administrados com doses injetadas na veia (intravenosa), e também via oral.

Hormonoterapia: recomendado nos casos em que há células que reagem positivamente a receptores hormonais.

Imunoterapia: é quando há o uso de remédios para aumentar o sistema imunológico visando eliminar as células defeituosas.

Prevenção do câncer de mama

Por fim, é fundamental atentar para os fatores de riscos e prevenir o surgimento do câncer de mama, especialmente com o diagnóstico precoce. Vale ressaltar que, fatores externos possuem maior influência do que os fatores genéticos, pois o fator genético corresponde apenas 5% a 10% para o surgimento da doença.

Dessa forma, recomenda-se como forma de prevenção mudança nos hábitos e estilo de vida, bem como: alimentação adequada, controle do peso corporal, prática regular de atividade física, parar de fumar, evitar consumo de bebidas alcoólicas, dentre outros.

Portanto, ao observar alguns dos sintomas aqui descritos, busque orientação e o acompanhamento de um ginecologista ou mastologista, lembrando que quanto antes for diagnosticado o câncer de mama, maiores as chances de restauração da doença.

Luciana R. Simões é Farmacêutica formada pela Universidade Presidente Antônio Carlos – UNIPAC com CRF/MG: 25.741 – Pós-graduada em Farmacologia: Atualização e Novas Perspectivas pela Universidade Federal de Lavras – UFLA. Possui formação em Farmácia Clínica e Serviços Farmacêuticos pela ABRAFARMA; em Capacitação em Serviços de Vacinação em Farmácias pela IBras – Faculdade Catedral; Curso de Formação Gerencial da Farmácia Indiana. Atuou como Gerente Farmacêutica na Farmácia Indiana e na linha de frente do COVID-19 no processo de testagem rápida de anticorpos e de antígeno. Além disso, possui experiência há mais de 12 anos no mercado farmacêutico.

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