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Asma Brônquica: Os 7 Fatores Desencadeantes

Asma brônquica: conheça as causas dessa doença inflamatória que atinge cerca de 10% da população brasileira. Saiba mais!

Luciana Simões

Asma brônquica causa desconforto respiratório.

A asma brônquica é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas que afeta os brônquios, os tubos que transportam o ar para os pulmões. É uma doença respiratória muito importante caracterizada por episódios recorrentes de inflamação e estreitamento das vias aéreas, dificultando o fluxo respiratório.

A asma brônquica afeta tanto adultos, quanto crianças, sendo uma doença de prevalência muito alta, atingindo cerca de 10% das crianças e 6% dos adultos. É uma doença de natureza benigna e altamente controlável por meio do tratamento adequado.

No entanto, ela pode causar limitações em algumas atividades, afetando o bem-estar do indivíduo. Na sequência, vamos compreender um pouco mais sobre a asma brônquica, os fatores, diagnóstico e tratamento.

Asma brônquica causa desconforto respiratório.
Asma brônquica causa desconforto respiratório. (Imagem: Canva)

Na asma acontece um processo inflamatório crônico, e em algum momento pode surgir alguns fatores que podem desencadear um aumento dessa inflamação, causando crise e exacerbação da asma. 

Nesse caso a pessoa é tratada e melhora, mas a inflamação permanece, visto que é uma inflamação contínua e crônica, e que se não tratada adequadamente ela pode passar a ter uma obstrução cada vez maior, deixando de ser um quadro reversível para irreversível, gerando assim uma doença muito mais grave.

Quais os fatores desencadeantes da asma brônquica?

Identificar e evitar os fatores que provocam a asma brônquica é uma parte essencial para o gerenciamento da mesma. Vale lembrar, que cada pessoa com asma pode ter fatores específicos que potencializam seus sintomas. Os mais comuns que incluem:

1) Alérgenos domiciliares (poeira);

2) Infecções virais (gripes e resfriados);

3) Mudanças climáticas;

4) Exercício Físico;

5) Tabagismo;

6) Estresse emocional;

7) Poluentes do Ar (fumaças).

Quais são os sintomas mais comuns?

Menino usando inalador para controlar o momento de crise de asma brônquica.
Menino usando inalador para controlar o momento de crise de asma brônquica. (Imagem: Canva)

Os sintomas da asma brônquica podem variar de pessoa para pessoa, mas os mais comuns são:

  • Crise de falta de ar;
  • Chiado no peito;
  • Tosse seca ou produtiva;
  • Aperto no peito.

Dessa forma, os sintomas podem ser leves e esporádicos ou graves e persistentes. As exacerbações, ou ataques de asma, são episódios agudos em que os sintomas pioram significativamente. Durante uma exacerbação, a inflamação das vias aéreas se intensifica, tornando a respiração extremamente difícil. 

Qual a diferença entre asma e DPOC?

A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica(DPOC) é uma doença inflamatória obstrutiva crônica, tendo como principais características a bronquite crônica e o enfisema pulmonar, suas causas são exposição prolongada a irritantes respiratórios como poluentes atmosféricos, queima de biocombustíveis, lenhas e o tabaco como sua principal causa. 

Já a asma brônquica é geralmente considerada uma condição inflamatória das vias aéreas, onde as vias aéreas ficam temporariamente obstruídas devido a espasmos musculares, inchaço e excesso de muco.

Também, é frequentemente associada a fatores alérgicos, como poeira, pólen, ácaros e alérgenos, bem como a outros desencadeantes, como infecções respiratórias e exercício físico. Consulte um especialista, como o pneumologista para o diagnóstico preciso.

A imagem apresenta a diferença da asma brônquica em relação a DPOC.
A imagem apresenta a diferença da asma brônquica em relação a DPOC. (Imagem: Canva)

Diagnóstico

O diagnóstico da asma brônquica é clínico e envolve uma avaliação completa dos sintomas, verificando a história compatível associada a tosse, chiado, dispneia que piora no período noturno ou nas horas iniciais da manhã. Alguns testes podem ser feito são eles:

  • Espirometria;
  • Pico de fluxo expiratório;
  • Radiografia de tórax;
  • Teste de broncoprovocação.

Tratamento

O tratamento da asma brônquica é contínuo e destinado a gerir os sintomas, prevenir crises e melhorar a qualidade de vida. As principais formas de tratamento da asma, podem ser:

  • Remédios de alívio rápido (broncodilatadores)

Os broncodilatadores, como os beta-agonistas de curta ação (exemplo: salbutamol), são usados para aliviar os sintomas agudos de falta de ar. Eles relaxam os músculos brônquicos e facilitam a respiração.

  • Remédios de controle a longo prazo

Estes remédios incluem os corticoides inalatórios, como, por exemplo, as “bombinhas” e os broncodilatadores de longa ação que ajudam a controlar a inflamação dos brônquios e prevenir crises asmáticas. São usados regularmente, mesmo quando os sintomas não estão presentes.

  • Vacinação contra a gripe e pneumonia

Isso ajuda a prevenir infecções respiratórias que podem agravar a asma.

  • Evitar gatilhos

Identificar e evitar os fatores que provocam as crises de asma, como alérgenos, irritantes, poluentes do ar e tabagismo.

É importante ressaltar que o tratamento da asma deve ser individualizado, e os pacientes devem trabalhar em estreita colaboração com seus médicos para desenvolver um plano de tratamento adequado às suas necessidades específicas.

Portanto, se você ou alguém que você conhece sofre de asma, é de suma importância buscar ajuda médica e seguir as recomendações para desfrutar de uma vida tranquila e sem limitações.

Luciana R. Simões é Farmacêutica formada pela Universidade Presidente Antônio Carlos – UNIPAC com CRF/MG: 25.741 – Pós-graduada em Farmacologia: Atualização e Novas Perspectivas pela Universidade Federal de Lavras – UFLA. Possui formação em Farmácia Clínica e Serviços Farmacêuticos pela ABRAFARMA; em Capacitação em Serviços de Vacinação em Farmácias pela IBras – Faculdade Catedral; Curso de Formação Gerencial da Farmácia Indiana. Atuou como Gerente Farmacêutica na Farmácia Indiana e na linha de frente do COVID-19 no processo de testagem rápida de anticorpos e de antígeno. Além disso, possui experiência há mais de 12 anos no mercado farmacêutico.

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