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A Relação entre o uso Excessivo de Dispositivos Eletrônicos e a Saúde Ocular 

Descubra quando o uso de dispositivos eletrônicos por longos períodos pode se tornar uma ameaça a sua saúde ocular.

Luciana Simões

Saúde ocular na era digital.

A saúde ocular na era digital, onde a tecnologia se tornou parte intrínseca de nossas vidas. Desde o momento em que acordamos até o momento em que vamos dormir, estamos constantemente rodeados por dispositivos eletrônicos, como smartphones, tablets, computadores e televisões. 

Embora esses avanços tecnológicos tenham trazido inúmeras vantagens e facilidades para nossas vidas, é essencial reconhecer os impactos negativos que o uso excessivo desses dispositivos pode ter em nossa saúde ocular. 

Saúde ocular na era digital.
Saúde ocular na era digital. (Imagem: Canva)

1- Fadiga ocular digital: sintomas e consequências 

Os dispositivos eletrônicos emitem uma luz artificial chamada luz azul, que possui um comprimento de onda curto e alta energia. Quando expostos a essa luz por longos períodos, nossos olhos podem sofrer consequências prejudiciais, sendo que um dos principais problemas que podem surgir é a fadiga ocular digital.

A fadiga ocular digital é caracterizada por sintomas como olhos secos, irritados e vermelhos, visão embaçada, dores de cabeça e tensão no pescoço e ombros. Esses sintomas podem afetar significativamente nossa produtividade no trabalho e nosso bem-estar geral.

Além disso, o uso excessivo de dispositivos eletrônicos antes de dormir pode interferir no nosso ciclo de sono, dificultando adormecer e resultando em um sono de má qualidade. 

2- Luz azul: uma ameaça para a saúde ocular 

Além da fadiga ocular digital, estudos têm demonstrado que a exposição prolongada à luz azul dos dispositivos eletrônicos pode contribuir para o desenvolvimento de problemas oculares mais graves a longo prazo.

A luz azul pode penetrar profundamente no olho e atingir a retina, causando danos às células fotossensíveis. Isso tem sido associado a um aumento do risco de degeneração macular relacionada à idade, catarata e outros distúrbios oculares. 

Também, a saúde ocular está intimamente relacionada à neuropatia diabética, uma complicação do diabetes que afeta os nervos do corpo. A retinopatia diabética é uma complicação comum do diabete que afeta os vasos sanguíneos da retina, a parte sensível à luz do olho.

3- Medidas de proteção para a saúde ocular 

Então, como podemos proteger nossa saúde ocular em um mundo cada vez mais digital? Felizmente, existem medidas que podemos tomar para minimizar os efeitos negativos do uso excessivo de dispositivos eletrônicos. 

Uma das estratégias mais eficazes é seguir a regra 20-20-20. A cada 20 minutos de uso de dispositivo, desvie o olhar por 20 segundos e foque em um objeto que esteja a uma distância de pelo menos 20 pés (6,1 metros). Isso ajudará a descansar os músculos oculares e reduzir a fadiga ocular. 

Outra estratégia eficaz é adotar pausas regulares durante o uso de dispositivos eletrônicos. A cada hora, faça uma pausa de cinco a dez minutos para descansar os olhos. Durante essa pausa, evite olhar para telas e, em vez disso, olhe para o horizonte ou para objetos distantes.

4- Ajustando as configurações dos dispositivos eletrônicos 

Ajustar as configurações dos dispositivos eletrônicos para reduzir a quantidade de luz azul emitida. Muitos dispositivos agora possuem modos noturnos ou filtros de luz azul incorporados, que podem ser ativados para reduzir a exposição à luz azul durante a noite.

O uso de óculos com lentes especiais que filtram a luz azul também pode ser uma opção para aqueles que passam longas horas na frente de telas. 

Saúde ocular e os danos sofridos pelo uso excessivo dispositivos eletrônicos.
Saúde ocular e os danos sofridos pelo uso excessivo dispositivos eletrônicos. (Imagem: Canva)

5- Higiene ocular e ambiente adequado 

É importante lavar regularmente as mãos antes de mexer nos olhos e evite coçá-los com frequência, pois isso causar irritações. Seus olhos também se beneficiarão de um ambiente bem iluminado e de um posicionamento adequado do monitor, que deve estar na altura dos olhos e a uma distância confortável. 

6- Conscientização e moderação 

É fundamental estabelecer limites para o tempo gasto em dispositivos eletrônicos e adotar uma abordagem equilibrada em relação ao seu uso. Reserve momentos durante o dia para desconectar-se completamente e dedicar-se a outras atividades que não envolvam telas.

Aproveite o ar livre, pratique exercícios, leia um livro físico ou passe tempo de qualidade com amigos e familiares. 

7- Visitas regulares ao oftalmologista 

Além disso, é importante fazer visitas regulares ao oftalmologista para exames de rotina. Um profissional de saúde ocular poderá identificar precocemente qualquer problema ou alteração e fornecer orientações adequadas para cuidar da saúde dos seus olhos. 

Educar-se e educar os outros sobre os riscos do uso excessivo de dispositivos eletrônicos para a saúde ocular também é fundamental. Converse com amigos, familiares e colegas de trabalho sobre a importância de adotar medidas de proteção e criar uma cultura de cuidado com os olhos. 

Conclusão 

Em resumo, a relação entre o uso excessivo de dispositivos eletrônicos e a saúde ocular é um tema preocupante que merece atenção. A fadiga ocular digital e os danos causados pela luz azul podem ter impactos significativos em nossa qualidade de vida.  

No entanto, ao adotar medidas simples, como seguir a regra 20-20-20, ajustar as configurações dos dispositivos, fazer pausas regulares, praticar higiene ocular e buscar orientação profissional, podemos proteger nossos olhos e desfrutar dos benefícios da tecnologia de forma saudável. 

Lembre-se, a saúde ocular é um tesouro que devemos preservar. Cuide bem de seus olhos e desfrute de uma vida digital equilibrada e saudável. 

Luciana R. Simões é Farmacêutica formada pela Universidade Presidente Antônio Carlos – UNIPAC com CRF/MG: 25.741 – Pós-graduada em Farmacologia: Atualização e Novas Perspectivas pela Universidade Federal de Lavras – UFLA. Possui formação em Farmácia Clínica e Serviços Farmacêuticos pela ABRAFARMA; em Capacitação em Serviços de Vacinação em Farmácias pela IBras – Faculdade Catedral; Curso de Formação Gerencial da Farmácia Indiana. Atuou como Gerente Farmacêutica na Farmácia Indiana e na linha de frente do COVID-19 no processo de testagem rápida de anticorpos e de antígeno. Além disso, possui experiência há mais de 12 anos no mercado farmacêutico.

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