A ansiedade é um tema extremamente relevante atualmente, uma vez que afeta uma grande parcela da população mundial. Essa condição pode ser definida como um estado de apreensão, nervosismo e preocupação excessiva em relação a situações futuras, sendo que, em alguns casos, ela pode se tornar patológica.
Além disso, os sintomas físicos e emocionais da ansiedade podem ser extremamente debilitantes, interferindo significativamente na qualidade de vida das pessoas que sofrem com essa condição.
A ansiedade em excesso pode ser um fator limitante na vida das pessoas, impedindo que elas realizem suas atividades cotidianas e desfrutem plenamente da vida. Contudo, é importante lembrar que a ansiedade é uma condição tratável e que existem diversas abordagens terapêuticas disponíveis para lidar com ela.
Quais as fases da vida a ansiedade está presente?
1) Ansiedade na adolescência
A ansiedade na adolescência é uma abordagem que está sendo muito discutida no meio acadêmico, visto que a faixa etária entre 12 e 18 anos é considerado um período de grandes mudanças corporais e hormonais, que podem gerar inseguranças e incertezas na maioria dos jovens.
No entanto, uma possível crise de ansiedade não é exclusiva dessa fase da vida e pode se manifestar em diferentes momentos, como na fase adulta e na terceira idade.
Diferentes fatores podem desencadear ansiedade na adolescência, como: a pressão para se encaixar em grupos sociais, a preocupação com o desempenho escolar, a escolha da faculdade que irá ingressar, a descoberta da identidade pessoal, dentre outros.
Nesse período é normal que os adolescentes experimentem alguns sintomas que incluem:
- Nervosismo;
- Tensão muscular;
- Sudorese;
- Taquicardia e dificuldade para dormir.
O que podem afetar o seu bem-estar e desempenho acadêmico do adolescente. Todavia, é importante ressaltar que a ansiedade na adolescência não é uma condição isolada e pode se estender por toda a vida adulta, afetando também a terceira idade.
2) Ansiedade na fase adulta
A ansiedade em excesso é uma condição que pode afetar pessoas de todas as idades, mas é especialmente preocupante na fase adulta. Nessa fase da vida, as responsabilidades pessoais e profissionais aumentam, e isso pode gerar uma série de preocupações e estresses que podem desencadear a ansiedade.
Além disso, a pressão social para alcançar objetivos e ser bem-sucedido pode aumentar ainda mais os níveis de ansiedade. Por isso, é fundamental que as pessoas na fase adulta estejam atentas aos seus níveis de ansiedade e busquem ajuda caso percebam que estão sofrendo com essa condição.
O tratamento adequado pode ajudar a aliviar os sintomas da ansiedade, melhorar a qualidade de vida e garantir que a pessoa possa desempenhar suas atividades cotidianas de forma mais saudável e equilibrada.
O acompanhamento médico e psicológico pode ajudar a identificar as causas da ansiedade e desenvolver estratégias eficazes para lidar com ela. Não deixe que as preocupações excessivas atrapalhem sua vida – busque ajuda e cuide da sua saúde mental.
3) Ansiedade na terceira idade
A ansiedade também está presente na velhice e pode apresentar sintomas semelhantes aos da adolescência, como nervosismo, irritabilidade, preocupação excessiva, fadiga e insônia.
Além de tudo, a crise de ansiedade pode ser um fator que contribui para o surgimento de outras condições de saúde mental, como a depressão e o transtorno de estresse pós-traumático.
Dessa forma, uma vez não tratada à ansiedade, a pessoa pode desenvolver também a síndrome do pânico, a qual pode ser caracterizado por crises de ansiedade repentina e intensa sensação de medo e mal-estar, acompanhado de sintomas físicos, como desconforto no tórax, respiração acelerada, sudorese e náuseas.
Na velhice, fatores como a perda de cônjuges e parentes, a aposentadoria, o isolamento social, são fatores geradores de ansiedade, podendo levar ao declínio da saúde física e mental.
Estratégias para vencer a ansiedade
- Praticar técnicas de relaxamento: meditação, respiração profunda, ioga, tai chi, entre outras atividades, podem ajudar a reduzir os níveis de ansiedade e estresse.
- Exercício físico regular: a prática regular de atividade física ajuda a reduzir a tensão muscular e a liberar endorfinas, o que pode melhorar o humor e diminuir os sintomas de ansiedade.
- Alimentação saudável: uma alimentação balanceada e saudável pode ajudar a regular o sistema nervoso e reduzir a sensação de ansiedade.
- Evitar gatilhos de ansiedade: identificar os gatilhos que desencadeiam a ansiedade pode ajudar a evitar situações estressantes e a se preparar para lidar com elas de maneira mais eficaz.
- Falar sobre a ansiedade: conversar com amigos, familiares ou profissionais de saúde mental pode ajudar a diminuir a sensação de isolamento e a encontrar apoio emocional.
- Buscar ajuda profissional: se a ansiedade estiver afetando significativamente a qualidade de vida, é importante buscar ajuda profissional de um psicólogo ou psiquiatra para avaliar a necessidade de tratamentos específicos, como terapia ou medicação.
Medidas preventivas
Outra estratégia importante para lidar com a ansiedade é a prevenção. É possível adotar hábitos saudáveis desde cedo, que ajudem a desenvolver a resiliência emocional e minimizem a vulnerabilidade à ansiedade.
Alguns exemplos incluem a prática de atividades físicas, o hábito da leitura, o cultivo de relações saudáveis, o desenvolvimento da autoestima e o aprendizado de habilidades de resolução de problemas e tomada de decisão.
Vale lembrar que a ansiedade, em si, não é uma condição patológica, mas um estado emocional natural e comum diante de situações de risco ou incerteza.
No entanto, quando a ansiedade se torna crônica, excessiva e interfere nas atividades do dia a dia, pode indicar a presença de um transtorno que requer tratamento específico.
A ansiedade incluem condições como o transtorno de ansiedade generalizada (TAG), o transtorno do pânico, o transtorno obsessivo compulsivo e as fobias específicas.
Esses transtornos apresentam sintomas persistentes e intensos de ansiedade, que interferem no desempenho profissional, causando condições de saúde mental no trabalho e social, além de aumentar o risco de outras condições, como delírio e depressão.
Conclusão
Por fim, a ansiedade é uma condição normal, mas quando em níveis elevados podem afetar em todas as fases da vida. Na adolescência, a ansiedade pode ser desencadeada pela pressão social, mudanças hormonais e transições na vida, como a entrada na faculdade.
Lembrando que a ansiedade em excesso é uma condição que pode ser extremamente debilitante se não tratada adequadamente. Por isso, é importante que as pessoas na fase adulta sejam incentivadas a buscar ajuda profissional caso percebam que estão sofrendo com a ansiedade.
Contudo, na velhice, a ansiedade pode estar relacionada a preocupações com a saúde, finanças e solidão, sendo assim é de extrema importância o apoio familiar nessa fase da vida.
Dessa forma, a ansiedade pode incluir diferentes abordagens, como a psicoterapia e o tratamento farmacológico com o uso de medicamentos controlados, como ansiolíticos e antidepressivos. Cada abordagem deve ser escolhida conforme as necessidades e preferências do paciente.
Portanto, é importante reconhecer e tratar a ansiedade, independentemente da idade ou do tipo de ansiedade, pois pode afetar a qualidade de vida. Buscar ajuda profissional é uma escolha saudável e corajosa que pode levar a uma vida mais feliz e plena.