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Diverticulite: Conheça as 6 Causas e Prevenção

Conheça os sintomas da diverticulite e forma de prevenção dessa doença inflamatória dos divertículos no intestino grosso. Saiba amais!

Luciana Simões

A imagem mostra divertículos na parede intestinal, os quais, quando inflamados, formam o que conhecemos por diverticulite.

A diverticulite é uma condição que afeta o cólon, causando inflamação de um ou mais divertículos (diverticulose), pequenas bolsas no intestino, podendo ser leve ou graves com aparição de obsessos e até a perfuração do intestino. Essas bolsas podem se formar nas paredes do trato gastrointestinal, especialmente no cólon, parte final do (intestino grosso), localizado na região pélvica do abdômen. 

A presença de divertículos nessa região é relativamente comum, e essa área é frequentemente afetada quando ocorre a diverticulite, causando desconforto abdominal. Estima-se que cerca de 18% da população acima dos 40 anos pode desenvolver divertículos e 50% da população com idade acima dos 75 anos tem divertículos, que se não observados os sinais podem desenvolver a diverticulite. Veja também: Apendicite.

Embora seja mais comum em pessoas com idade avançada, qualquer um pode desenvolver essa condição inflamatória. A seguir, vamos explorar os sintomas, causas e opções de tratamento para quem enfrenta a diverticulite.

A imagem mostra divertículos na parede intestinal, os quais, quando inflamados, formam o que conhecemos por diverticulite.
A imagem mostra divertículos na parede intestinal, os quais, quando inflamados, formam o que conhecemos por diverticulite. (Imagem: Canva)

Possíveis Causas

A diverticulite frequentemente está associada a alguns fatores que levam a pessoa a desenvolver a inflamação, são eles:

1) Hereditariedade: fatores hereditários podem influenciar na formação de divertículos e consequentemente a diverticulite.

2) Envelhecimento: o risco aumenta com o avanço da idade.

3) Dieta pobre em fibras: Falta de fibras pode levar à constipação, aumentando a pressão no cólon.

4) Obesidade: O sobrepeso é outro fator que está associado a um maior risco.

5) Falta de exercício: A atividade física regular contribui para a saúde do cólon.

6) Tabagismo: Fumar pode aumentar o risco de complicações.

A formação de pequenas bolsas chamadas divertículos no cólon é comum, mas quando esses divertículos ficam inflamados ou infectados, ocorre o que conhecemos por diverticulite.

Sintomas mais comuns

Os sintomas da diverticulite podem variar de leves a graves e incluem:

  • Dor abdominal: A dor é normalmente localizada no lado inferior esquerdo do abdômen e pode variar em intensidade, indo de desconforto leve a dor aguda e intensa, podendo causar sensibilidade ao toque na área afetada.

Além disso, pode ser acompanhada por outros sintomas, como:

  • Febre e calafrios: sinais de possível infecção.
  • Náuseas e vômitos: podem ocorrer devido a inflamação.
  • Mudança do hábito intestinal: constipação ou diarreia.

Em casos graves, pode levar a complicações como abscessos ou perfurações do cólon. Caso haja suspeita de diverticulite, é essencial procurar a orientação de um profissional de saúde para diagnóstico e tratamento adequados.

Como é feito o diagnóstico e avaliação médica?

Normalmente é feito com base nos sintomas clínicos, histórico médico do paciente e exames de imagem. Alguns dos exames comumente utilizados para detectar divertículos e avaliar a condição incluem:

  • Colonoscopia: permite que o médico examine diretamente o interior do cólon em busca de divertículos, além de possibilitar a realização de biópsias.
  • Tomografia Computadorizada (TC): Ela fornece imagens detalhadas das estruturas internas, permitindo a identificação de divertículos inflamados ou complicações, como abscessos.
  • Enema de Bário: permite que o médico profissional visualize o cólon em raios-X e identifique a presença de divertículos.
  • Ultrassonografia: pode ser utilizada para avaliar a presença de divertículos, especialmente em casos de suspeita de complicações, como abscessos.
  • Exames de Sangue: podem ser solicitados para avaliar se há sinais de infecção.

Lembrando que a avaliação médica detalhada é fundamental para determinar a abordagem de tratamento adequado.

O que fazer para sair da crise de diverticulite?

No momento de uma crise, o repouso, dieta líquida, o uso de analgésicos para regular a dor e antibióticos, se indicados pelo médico, são os mais comuns.

Além do tratamento médico, adotar hábitos saudáveis como uma dieta rica em fibras, hidratação, exercícios consistentes e gestão do estresse podem ajudar a acalmar e prevenir crises de diverticulite.  

Vale lembrar que, nos casos em que essa condição é mais grave, intervenções médicas ou cirúrgicas podem ser necessárias. Consultar um gastroenterologista ou proctologista é fundamental para orientação específica. 

O que comer para prevenir a diverticulite?

Por se tratar de uma condição inflamatória e muita associada ao estilo de vida contemporâneo com mudanças que vão ter impactos significativo no seu padrão alimentar, é importante considerar como base uma alimentação o mais natural possível para a saúde intestinal, isso inclui alimentos como:

Manter uma alimentação rica em fibras é uma forma de prevenir a diverticulite.
Manter uma alimentação rica em fibras é uma forma de prevenir a diverticulite. (Imagem: Canva)
  • Frutas,
  • verduras, 
  • legumes,
  • grãos e cereais integrais ricos em fibras alimentares;
  • probióticos como iogurte e kefir.

Não devemos esquecer de aumentar a ingestão de líquidos, essencialmente de água natural. Além disso, evitar alimentos ultraprocessados ricos em conservantes e aditivos são formas de prevenir o desenvolvimento de divertículos e a inflamação. Veja também: Alimentação saudável.

Como é administrado o tratamento?

O tratamento vai depender da gravidade da doença, o que pode incluir, em alguns casos, as seguintes abordagens:

I) Diverticulite Não Complicada: neste caso, a administração pode consistir no uso de antibióticos e repouso intestinal. Podendo ser feito ao nível ambulatorial, em (casa) ou em ambiente hospitalar, essa decisão vai depender de alguns critérios clínicos e da gravidade da doença.

II) Diverticulite Complicada: neste caso, onde há complicações, como abscessos, perfurações, fístulas ou outros problemas mais graves associados à inflamação dos divertículos. O tratamento é sempre hospitalar e na maioria das vezes vai precisar de cirurgia.

Conclusão

A diverticulite é uma condição desafiadora, mas com o diagnóstico precoce e com tratamento oportuno, é possível gerenciar os sintomas e prevenir complicações graves. Além disso, ao adotar hábitos saudáveis, como uma dieta equilibrada e a prática regular de exercícios, você estará diminuindo os riscos dessa condição.

A saúde do cólon é fundamental para o bem-estar geral, e compreender os fatores que geram a diverticulite pode ser o primeiro passo para cuidar do seu sistema digestivo. Lembre-se sempre de consultar um profissional de saúde para avaliação e orientação específica para o seu caso.

Luciana R. Simões é Farmacêutica formada pela Universidade Presidente Antônio Carlos – UNIPAC com CRF/MG: 25.741 – Pós-graduada em Farmacologia: Atualização e Novas Perspectivas pela Universidade Federal de Lavras – UFLA. Possui formação em Farmácia Clínica e Serviços Farmacêuticos pela ABRAFARMA; em Capacitação em Serviços de Vacinação em Farmácias pela IBras – Faculdade Catedral; Curso de Formação Gerencial da Farmácia Indiana. Atuou como Gerente Farmacêutica na Farmácia Indiana e na linha de frente do COVID-19 no processo de testagem rápida de anticorpos e de antígeno. Além disso, possui experiência há mais de 12 anos no mercado farmacêutico.

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