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Hepatite Crônica: Sintomas, Complicações e Diagnóstico

Saiba mais sobre a hepatite crônica e suas complicações para o fígado. Fique por dentro dessa doença silenciosa!

Luciana Simões

Médico segurando um fígado doente com hepatite crônica. (Imagem: Canva)

A hepatite consiste em uma inflamação no fígado que pode resultar na destruição das células hepáticas e causar diversas consequências para o organismo. Quando essa inflamação se torna crônica, ocorre uma destruição lenta das células do fígado, que aos poucos vão se regenerando ou formando cicatrizes.

O impacto da hepatite crônica não se limita apenas às manifestações clínicas, como mas estende-se às complicações potenciais, como cirrose hepática e carcinoma hepatocelular. Diante desse cenário, a compreensão dos sintomas, complicações e diagnóstico torna-se crucial.

Médico segurando um fígado doente com hepatite crônica. (Imagem: Canva)
Médico segurando um fígado doente com hepatite crônica. (Imagem: Canva)

O que é hepatite crônica?

Caracterizada pela inflamação persistente do fígado, a hepatite crônica pode ser causada por diversos agentes infecciosos, sendo os vírus das hepatites B e C os principais responsáveis por esse quadro. Essas infecções, muitas vezes assintomáticas em seus estágios iniciais, podem evoluir para a forma crônica, resultando em danos progressivos ao fígado ao longo do tempo.

A hepatite crônica tem um período de duração superior a seis meses, além das hepatites B e C, sendo as mais conhecidas, entretanto, pode ter outras causas, como medicamentos, consumo excessivo de álcool e doenças metabólicas.

Formas de contágio

As hepatites B e C são transmitidas de forma semelhante à infecção pelo HIV. As principais vias de transmissão são através do contato sexual e do contato com sangue, como transfusões, cirurgias, tatuagens e uso de drogas.

É importante alertar para antigos métodos de aplicação de vitaminas em ex-atletas, que também podem ter contribuído para a transmissão dessas doenças. A disponibilidade da vacina da hepatite B é uma medida importante de prevenção.

Sintomas da Hepatite Crônica

Os sintomas podem variar e, em muitos casos, a doença pode ser assintomática. No entanto, quando os sintomas estão presentes, eles podem incluir:

É importante notar que muitas pessoas com hepatite crônica podem não apresentar sintomas por um longo período, tornando o diagnóstico desafiador. Exames de rotina e a avaliação médica são fundamentais para identificar a condição, especialmente em estágios iniciais.

Complicações da hepatite crônica

A seguir, conheça algumas complicações da doença:

  • Cirrose hepática

A cirrose hepática é uma fase avançada da doença, em que o fígado está regenerando e formando cicatrizes. A cirrose pode levar à perda da função do fígado e sua ocorrência está relacionada ao tempo de doença e falta de tratamento adequado.

Cerca de 20% dos pacientes com hepatite crônica C e 20% dos pacientes com hepatite crônica B não tratados corretamente desenvolvem cirrose. É fundamental diagnosticar a doença precocemente para evitar essa complicação.

  • Insuficiência hepática

A progressão da hepatite crônica pode eventualmente levar à insuficiência hepática, onde o fígado não consegue realizar suas funções vitais de maneira adequada.

  • Aumento do volume abdominal

O aumento do volume abdominal geralmente ocorre em estágios avançados da cirrose, quando há acúmulo de líquido na barriga, chamado de ascite. Isso indica a necessidade de transplante de fígado, já que o tratamento convencional pode não ser mais eficaz.

  • Câncer hepatocelular

Pacientes com hepatite crônica, especialmente aqueles com cirrose, têm um risco aumentado de desenvolver câncer de fígado, conhecido como carcinoma hepatocelular.

Fígado e suas complicações, como hepatite crônica, cirrose e carcinoma hepatocelular. (Imagem: Canva)
Fígado e suas complicações, como hepatite crônica, cirrose e carcinoma hepatocelular. (Imagem: Canva)

Diagnóstico

O diagnóstico da hepatite crônica envolve uma combinação de exames clínicos, testes laboratoriais e, em alguns casos, procedimentos de imagem. Aqui estão os principais métodos utilizados para diagnosticá-la:

  • Entrevista clínica: discussão detalhada sobre sintomas, exposição a fatores de risco, histórico médico e estilo de vida.
  • Testes de função hepática: avaliam os níveis de enzimas hepáticas e outros marcadores no sangue.
  • Testes de hepatite: identificam a presença de antígenos e anticorpos específicos para os diferentes tipos de vírus da hepatite, como tipo B e C.
  • Ultrassonografia: pode ser utilizada para avaliar o tamanho e a estrutura do fígado, além de detectar a presença de cirrose ou outras anormalidades.
  • Testes de marcadores específicos: podem incluir a avaliação de diferentes substâncias no sangue associadas à hepatite crônica.
  • Biópsia hepática: coleta de uma pequena amostra de tecido hepático para análise detalhada. Pode ajudar a determinar o grau de inflamação e fibrose no fígado.

Tratamento

O tratamento para hepatite B e C pode ser feito por meio de medicamentos em forma de comprimidos ou de vacinas, como o interferon.

O período de tratamento varia de seis meses a um ano para a hepatite C, enquanto a hepatite B requer um tratamento contínuo ao longo da vida para controlar a doença. É fundamental seguir as orientações médicas e realizar acompanhamento adequado.

Conclusão

Portanto, é fundamental estar ciente das causas e sintomas da hepatite crônica. Essas doenças são geralmente silenciosas, o que torna o diagnóstico precoce ainda mais importante.

Assim, ao se expor de alguma forma às hepatites virais, é necessário realizar testes específicos e buscar ajuda médica para o tratamento adequado. A detecção precoce pode levar à recuperação mais rápida e prevenção de complicações graves.

Este conteúdo foi inspirado no vídeo @unimedfortaleza no canal do YouTube.

Luciana R. Simões é Farmacêutica formada pela Universidade Presidente Antônio Carlos – UNIPAC com CRF/MG: 25.741 – Pós-graduada em Farmacologia: Atualização e Novas Perspectivas pela Universidade Federal de Lavras – UFLA. Possui formação em Farmácia Clínica e Serviços Farmacêuticos pela ABRAFARMA; em Capacitação em Serviços de Vacinação em Farmácias pela IBras – Faculdade Catedral; Curso de Formação Gerencial da Farmácia Indiana. Atuou como Gerente Farmacêutica na Farmácia Indiana e na linha de frente do COVID-19 no processo de testagem rápida de anticorpos e de antígeno. Além disso, possui experiência há mais de 12 anos no mercado farmacêutico.

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