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Bulimia Nervosa: Compreenda e Supere o Transtorno Alimentar

Bulimia nervosa: conheça as características e sintomas mais comuns desse transtorno alimentar. Saiba mais!

Leandro Escobar

Jovem mulher sofrendo de crises de bulimia.

A Bulimia é um transtorno alimentar que afeta muitas pessoas ao redor do mundo. Nesse transtorno, o indivíduo tem uma compulsão pelo alimento e, após comer de forma descontrolada, sente culpa e tenta compensar seus excessos por meio de vômitos, uso de remédios para emagrecer ou prática excessiva de exercícios físicos. A bulimia nervosa pode ter sérias consequências para a saúde física, emocional e social dos indivíduos afetados.

Nessa luta incessante entre a necessidade de controle e a busca incansável por uma imagem corporal idealizada, a bulimia nervosa se torna um ciclo vicioso que não apenas compromete a saúde física, mas também desafia a saúde mental. A seguir, exploraremos mais sobre esse transtorno alimentar, suas causas, sintomas e tratamento.

Jovem mulher sofrendo de crises de bulimia nervosa.
Jovem mulher sofrendo de crises de bulimia nervosa. (Imagem: Canva)

O que é a bulimia nervosa?

A bulimia nervosa é um transtorno alimentar que envolve episódios de compulsão alimentar seguidos por métodos compensatórios.

Ao contrário do que muitos pensam, a compulsão alimentar não se resume a comer uma barra de chocolate, mas sim a ingerir uma quantidade calórica muito maior do que o normal para aquela situação.

Durante esses episódios, a pessoa perde o controle sobre a quantidade de comida que está consumindo, o que gera sentimentos de remorso, culpa e vergonha, o que muitas vezes leva a comportamentos prejudiciais para compensar o excesso de comida consumida.

Causas da bulimia

As causas exatas da bulimia nervosa não são totalmente compreendidas, abaixo destacamos algumas que incluem:

  • Fatores genéticos;
  • biológicos;
  • psicológicos;
  • sociais e ambientais.

Características e sintomas da bulimia nervosa

Os sintomas da bulimia nervosa podem variar de pessoa para pessoa, mas geralmente incluem:

Mulher sentada no vaso do banheiro após provocar vômito devido à bulimia nervosa.
Mulher sentada no vaso do banheiro após provocar vômito devido à bulimia nervosa. (Imagem: Canva)
  • Episódios recorrentes de compulsão alimentar, geralmente consumindo excesso de alimentos em um curto período.
  • Comportamentos compensatórios, como vômitos autoinduzidos, que ocorrem em cerca de 80% dos casos.
  • Uso abusivo de laxantes, diuréticos ou exercício físico excessivo para tentar eliminar as calorias consumidas.
  • Preocupação excessiva com peso e imagem corporal.
  • Sentimentos de culpa e vergonha em relação à alimentação.
  • Oscilações de peso frequentes.
  • Desgaste do esmalte dentário e sensíveis devido ao vômito frequente.
  • Ruptura do esôfago, ruptura do estômago e hemorragia digestiva.
  • Desidratação, eletrólitos desequilibrados e outros problemas de saúde decorrentes dos comportamentos compensatórios.

Os riscos da bulimia nervosa

Alguns dos fatores de risco incluem:

  • história familiar de transtornos alimentares,
  • pressões sociais para alcançar um padrão de beleza irreal,
  • histórico de dietas restritivas e psicológicos que envolvem sofrimento emocional intenso,
  • culminando em sintomas de ansiedade, baixa autoestima e depressão.

Quadros de Bulimia

A bulimia pode se manifestar em diferentes graus de gravidade. Os quadros são classificados como leve, moderado, grave e extremo.

1) Quadro leve, a compulsão alimentar ocorre até três vezes por semana.

2) Quadro moderado, até sete vezes por semana;

3) Quadro grave, até 14 vezes por semana;

4) Quadro extremo, acima de 14 vezes por semana.

É importante estar atento aos sinais e buscar ajuda de um profissional de saúde mental.

Diagnóstico e Avaliação

O diagnóstico da bulimia nervosa é feito por profissionais de saúde mental, como psicólogos, psiquiatras ou terapeutas, que realizam uma avaliação completa da história médica e dos sintomas do indivíduo.

Além disso, é de extrema importância identificar se não há a presença de outras condições médicas semelhantes, como distúrbios gastrointestinais ou endócrinos.

Tratamento

O processo de intervenção da bulimia nervosa deve ser feito de forma multiprofissional, envolvendo profissionais como psicólogos, psiquiatras, nutricionistas e outros especialistas. Cada caso é único e requer uma abordagem personalizada para garantir o melhor resultado possível. Os tipos de abordagens mais comuns inclui:

  • Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC): refere-se a uma abordagem terapêutica que se concentra em identificar e modificar padrões de pensamento e comportamento disfuncionais relacionados à alimentação e à imagem corporal. A terapia é fundamental para ajudar o paciente a lidar com a ansiedade, o estresse e a insatisfação com o
  • Terapia Interpessoal (TIP): A TIP é uma forma de terapia que se concentra em melhorar os relacionamentos interpessoais e resolver conflitos pessoais que possam contribuir para a bulimia nervosa.
  • Remédios: como antidepressivos, podem ser prescritos para tratar sintomas associados à bulimia nervosa, por exemplo: os inibidores dos receptores de serotonina, como a fluoxetina, podem auxiliar no controle da compulsão e da ansiedade e depressão.
  • Suporte nutricional: trabalhar com um nutricionista pode ajudar os indivíduos com bulimia nervosa a desenvolver hábitos alimentares saudáveis e a restaurar um relacionamento positivo com a comida.

Conclusão

A bulimia nervosa é um transtorno alimentar sério que pode ter consequências devastadoras para a saúde física, emocional e social dos indivíduos afetados.

É comum que as pessoas que sofrem de bulimia nervosa evitem buscar ajuda devido à vergonha e ao medo do julgamento. No entanto, é fundamental compreender que a bulimia nervosa é uma doença que requer tratamento adequado. Quanto mais cedo a pessoa buscar ajuda, maior será a chance de recuperação.

Se você conhece alguém que está enfrentando bulimia, é importante oferecer suporte e encorajamento para buscar ajuda profissional. Incentive a pessoa a procurar um psicólogo ou um psiquiatra especializado no tratamento de transtornos alimentares. Além disso, esteja presente e demonstre empatia, pois a bulimia pode ser uma luta difícil para a vítima do transtorno.

Cristão formando em teologia pelo Instituto Mundo Bíblico (Criciúma - SC). Terapeuta Comportamental com formação Master Programação Neurolinguística (PNL), Instituto Isaac Santos. Formação Coach - The Association for Coaching, AC and Sociedade Latino Americana de Coaching, SLAC HEREBY Certifies in PCC® - The European Mentoring & Coaching Council, EMCC and Sociedade Latino Americana de Coaching, SLAC HEREBY Certifies in PCC®. Formação em Hipnose Cínica pelo (Instituto Lucas Naves - Founder of International Mind Training Academy).

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