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Doenças Genéticas: A Importância do Aconselhamento Genético

As doenças genéticas é uma realidade para muitas pessoas em todo o mundo. É possível pessoas com doenças genéticas levar uma vida feliz? Sim!

Luciana Simões

Pessoas com doenças genéticas podem sim levar uma vida feliz.

Doenças genéticas são aquelas causadas por alterações no DNA de uma pessoa, que podem ser hereditárias ou ocorrerem de forma espontânea durante o desenvolvimento.

Essas doenças podem afetar qualquer parte do corpo e variam em gravidade, podendo ser desde condições leves até doenças graves e incapacitantes.

A seguir, abordaremos as principais doenças genéticas e discutiremos a importância do aconselhamento genético e como isso pode ajudar as pessoas a tomar decisões informadas sobre sua saúde e a saúde de sua família.

Pessoas com doenças genéticas podem sim levar uma vida feliz.
Pessoas com doenças genéticas podem sim levar uma vida feliz. (Imagem: Canva).

Quais são os tipos de doenças genéticas?

  • Síndrome de Down

A síndrome de Down é uma das doenças genéticas mais conhecidas e comuns, afetando cerca de 1 em cada 800 bebês nascidos vivos. Essa condição é causada por uma cópia extra do cromossomo 21, o que leva a características físicas distintas, como olhos amendoados e uma fenda palpebral única.

Além disso, pessoas com síndrome de Down podem ter atrasos no desenvolvimento e uma maior chance de desenvolver problemas de saúde, como problemas cardíacos, problemas de visão, audição e problemas intestinais.

No entanto, muitas pessoas com síndrome de Down levam vidas felizes e saudáveis e podem realizar muitas das mesmas atividades que pessoas sem a condição.

  • Doença genética fibrose cística

A fibrose cística é outra doença genética comum, afetando cerca de 70.000 pessoas no mundo. Essa condição é causada por mutações no gene CFTR, responsável por produzir um fluido que ajuda a lubrificar os pulmões e o trato digestivo. Veja também: doenças crônicas e agudas.

Sem esse fluido, as pessoas com fibrose cística têm dificuldade em respirar e digerir alimentos adequadamente, o que pode levar a infecções pulmonares crônicas, problemas intestinais e outros problemas de saúde.

  • Doença genética de Huntington

A doença de Huntington é uma doença genética rara, mas grave, afetando cerca 30.000 pessoas nos Estados Unidos. Essa condição é causada por uma mutação no gene HTT, que produz uma proteína anormal que afeta as células do cérebro.

Isso leva a sintomas como movimentos involuntários, problemas de coordenação e cognitivos, incluindo demência. Infelizmente, não há cura para a doença de Huntington, mas há opções de tratamento disponíveis para gerenciar os sintomas.

Qual a importância do aconselhamento genético?

Doutor dando aconselhamento para pais sobre doenças genéticas.
Doutor dando aconselhamento para pais sobre doenças genéticas. (Imagem: Canva)

Com tantas doenças genéticas, muitas pessoas podem estar se perguntando sobre seu risco pessoal de desenvolver uma condição. É por isso que o aconselhamento genético pode ser tão importante.

O aconselhamento genético envolve falar com um especialista em genética sobre seu histórico familiar e discutir seu risco pessoal de desenvolver uma condição genética.

O especialista pode então realizar testes genéticos para confirmar o diagnóstico ou descartar a presença de uma doença genética.

Além disso, o aconselhamento genético também pode ajudar as pessoas a entenderem suas opções de tratamento e prevenção, bem como a tomar decisões informadas sobre a saúde de sua família.

Por exemplo, se uma pessoa sabe que tem um risco aumentado de desenvolver uma doença genética, ela pode optar por fazer testes genéticos durante a gravidez para determinar se seu filho também tem a condição.

Isso pode ajudar os pais a se prepararem para o nascimento de uma criança com necessidades especiais e a buscar o melhor atendimento médico possível.

O aconselhamento genético também pode ajudar as pessoas a entenderem como suas escolhas de estilo de vida podem afetar seu risco de desenvolver uma doença genética. Por exemplo, certas escolhas de estilo de vida, como fumar e beber álcool em excesso, podem aumentar o risco de algumas condições genéticas.

Além disso, o aconselhamento genético pode ser útil para aqueles que desejam saber mais sobre sua ancestralidade e suas origens familiares. Testes genéticos podem ajudar a determinar a origem étnica de uma pessoa, bem como identificar parentes de sangue que podem estar vivendo em outras partes do mundo.

No entanto, é importante lembrar que o aconselhamento genético não é para todos. Algumas pessoas podem preferir não saber sobre seu risco pessoal de desenvolver uma doença genética, enquanto outras podem sentir que a informação pode ser esmagadora.

Conclusão

Em resumo, as doenças genéticas são uma realidade para muitas pessoas em todo o mundo. Embora possam ser devastadoras, é importante lembrar que muitas pessoas com doenças genéticas levam vidas felizes e saudáveis e têm muito a contribuir para suas comunidades.

O aconselhamento genético pode ajudar as pessoas a entender melhor seu risco pessoal de desenvolver uma doença genética e tomar decisões informadas sobre sua saúde e a saúde de sua família.

É primordial lembrar que o aconselhamento genético não é para todos e que cada pessoa deve tomar sua própria decisão sobre se deve ou não buscar esse tipo de serviço.

É essencial que continuemos a investir em pesquisas para entender melhor as doenças genéticas e desenvolver tratamentos mais eficazes.

Por fim, através da colaboração entre cientistas, médicos e pacientes, podemos trabalhar juntos para melhorar a vida das pessoas que vivem com essas condições e avançar em direção a um futuro mais saudável e mais justo para todos.

Luciana R. Simões é Farmacêutica formada pela Universidade Presidente Antônio Carlos – UNIPAC com CRF/MG: 25.741 – Pós-graduada em Farmacologia: Atualização e Novas Perspectivas pela Universidade Federal de Lavras – UFLA. Possui formação em Farmácia Clínica e Serviços Farmacêuticos pela ABRAFARMA; em Capacitação em Serviços de Vacinação em Farmácias pela IBras – Faculdade Catedral; Curso de Formação Gerencial da Farmácia Indiana. Atuou como Gerente Farmacêutica na Farmácia Indiana e na linha de frente do COVID-19 no processo de testagem rápida de anticorpos e de antígeno. Além disso, possui experiência há mais de 12 anos no mercado farmacêutico.

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