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Esclerose Múltipla: Entendendo suas Causas, Sintomas e Tratamento

Esclerose múltipla: conheça mais sobre essa doença neurológica crônica.

Luciana Simões

Homem jovem portador da doença esclerose múltipla.

A esclerose múltipla (EM) é uma condição neurológica crônica e progressiva que afeta o sistema nervoso central. Caracterizada por inflamação, degeneração e cicatrização das células nervosas, a esclerose múltipla pode levar a uma variedade de sintomas debilitantes e progressivos. Além disso, é uma condição que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Apesar de sua relevância, muitas pessoas ainda não compreendem completamente o que a doença significa.

Na sequência, vamos compreender os tipos de esclerose, suas causas e o impacto no sistema neurológico, sendo essenciais para o diagnóstico precoce e o início do tratamento apropriado. Quanto mais cedo a doença for identificada, melhores serão as chances de controle e qualidade de vida para o indivíduo.

O que é esclerose múltipla

A esclerose múltipla é uma doença autoimune que afeta a bainha de mielina, a proteção dos neurônios no sistema nervoso central. Isso pode resultar em uma variedade de sintomas, como deficiências motoras, visuais e de fala. É crucial reconhecer precocemente esses sinais e buscar ajuda médica para um diagnóstico apropriado.

Essa condição é mais comum em pessoas entre 20 e 40 anos, mas pode ocorrer em qualquer idade, sendo uma das principais causas de incapacidade em populações jovens. A esclerose múltipla é considerada uma doença de relevância, com cerca de 2,5 milhões de pessoas afetadas em todo o mundo, sendo quase 50 mil no Brasil.

O diagnóstico precoce é essencial para um controle mais eficaz da doença e uma vida com mais qualidade para o paciente. Os sintomas podem variar e afetar diferentes áreas do corpo, como a visão, a motricidade e a fala. Por isso, é fundamental estar atento a possíveis alterações e buscar ajuda médica especializada.

Tipos de Esclerose

A esclerose múltipla pode se apresentar de diferentes formas, sendo os principais tipos:

  • Remitente-recorrente: é a forma mais comum, caracterizada por surtos agudos seguidos de períodos de remissão.
  • Primariamente progressiva: é caracterizada por um declínio constante desde a fase inicial doença.
  • Secundariamente progressiva: geralmente se desenvolve a partir da forma remitente-recorrente, levando a um declínio contínuo sem surtos distintos.
  • Progressiva recorrente: envolve surtos agudos intercalados com períodos de declínio constante.

É essencial identificar o tipo específico de esclerose múltipla que o indivíduo possui, pois isso influenciará no plano de controle da doença e na forma como é gerenciada ao longo do tempo. O acompanhamento médico especializado é fundamental para determinar o tipo correto e fornecer o tratamento apropriado para cada indivíduo.

Causas da esclerose múltipla

Embora a causa exata dessa resposta autoimune não seja totalmente compreendida, acredita-se que uma combinação de fatores genéticos e ambientais desencadeie o processo.

Fatores genéticos podem desempenhar um papel na suscetibilidade à esclerose múltipla, com algumas pessoas apresentando um maior risco com base em sua composição genética. No entanto, a presença de genes específicos não é a única influência, e outros elementos, como a exposição a certos vírus ou infecções, também podem contribuir para o desenvolvimento da doença.

É importante ressaltar que a esclerose múltipla não é uma condição contagiosa, mas sim uma condição complexa que envolve uma interação entre o sistema imunológico e o sistema nervoso. A compreensão desses fatores de risco pode ajudar na identificação precoce da doença e no início do tratamento adequado para melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

Fatores genéticos podem ser uma das causas da esclerose múltipla.
Fatores genéticos podem ser uma das causas da esclerose múltipla. (Imagem: Canva)

Quais são os sintomas associados à esclerose múltipla (EM)?

A esclerose múltipla pode manifestar uma variedade de sintomas que afetam diferentes áreas do corpo, os quais podem incluir:

  • Deficiências motoras;
  • Espasmos musculares, rigidez;
  • Alterações na visão, como visão dupla ou embaçada, podem ser um sinal de alerta;
  • Problemas de fala como capacidade de articular palavras;
  • Fraqueza em membros como pernas e braços;
  • Reflexos aumentado em um o ambos os lados do corpo;
  • Falta de equilíbrio;
  • Tontura e vertigens constantes;
  • Fadiga e cansaço por qualquer coisa,
  • Intolerância ao calor.

É essencial estar atento aos sinais precoces da doença e procurar ajuda médica especializada para um diagnóstico apropriado. Quanto mais cedo a esclerose múltipla for identificada, melhores são as chances de controle da doença.

Diagnóstico

Dada a diversidade de sinais possíveis, é fundamental buscar auxílio do médico neurologista, o profissional indicado para realizar o diagnóstico. Este pode envolver exames clínicos e de imagem para identificar possíveis inflamações no sistema nervoso central.

É importante ressaltar que o diagnóstico precoce da esclerose múltipla pode melhorar significativamente o prognóstico do paciente, permitindo um controle mais eficaz da doença e uma maior qualidade de vida. Quanto antes a condição for identificada, melhores são as chances de evitar danos neurológicos e complicações futuras.

Tratamento

Geralmente envolve a administração de medicamentos destinados a reduzir a inflamação e proteger os neurônios contra a ação do sistema imunológico. Além disso, terapias de reabilitação, fisioterapia e apoio psicológico desempenham um papel crucial no manejo da esclerose múltipla.

Manter um acompanhamento médico regular e aderir ao tratamento são aspectos cruciais para controlar a doença e promover o bem-estar do paciente a longo prazo.

Conclusão

Por fim, é fundamental estar atento aos sinais da esclerose múltipla, especialmente em pessoas entre 20 e 40 anos, pois o diagnóstico precoce é fundamental para um tratamento eficaz. Quaisquer alterações na visão, movimentação ou fala devem ser prontamente investigadas por um médico neurologista especializado.

Além disso, é importante adotar um estilo de vida saudável, que inclua uma alimentação balanceada e a prática regular de atividade física. Manter um acompanhamento médico regular e seguir o tratamento prescrito são essenciais para controlar a doença.

Vale ressaltar que o sistema público de saúde no Brasil oferece acesso a tratamentos de alta qualidade para a esclerose múltipla em centros especializados. Por isso, é fundamental buscar ajuda médica especializada assim que forem identificados possíveis sinais da doença para garantir um prognóstico favorável e melhor qualidade de vida a longo prazo.

Este conteúdo foi inspirado no vídeo @neurocirurgiabr do Dr. Júlio Pereira, no canal do YouTube.

Luciana R. Simões é Farmacêutica formada pela Universidade Presidente Antônio Carlos – UNIPAC com CRF/MG: 25.741 – Pós-graduada em Farmacologia: Atualização e Novas Perspectivas pela Universidade Federal de Lavras – UFLA. Possui formação em Farmácia Clínica e Serviços Farmacêuticos pela ABRAFARMA; em Capacitação em Serviços de Vacinação em Farmácias pela IBras – Faculdade Catedral; Curso de Formação Gerencial da Farmácia Indiana. Atuou como Gerente Farmacêutica na Farmácia Indiana e na linha de frente do COVID-19 no processo de testagem rápida de anticorpos e de antígeno. Além disso, possui experiência há mais de 12 anos no mercado farmacêutico.

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