A catarata é uma doença ocular oftalmológica com forte relação com o envelhecimento, não é à toa que pesquisas apontam a estimativa de que 75% das pessoas com idade acima dos 60 anos são vítimas da doença, ou seja, a cada quatro pessoas com esta idade, três tem catarata, o que é muito comum.
A catarata é caracterizada por tornar opaca o cristalino, lente natural do olho, podendo levar a uma visão embaçada e, se não tratada, pode resultar em cegueira. Ela pode se desenvolver primeiro com a perda da sensibilidade ao contraste, ou seja, a pessoa passa a ter mais dificuldade para enxergar em ambientes com menos luminosidade, com a impressão de que as coisas estão desbotadas.
Compreender seus sintomas, tratamento e forma de prevenção, é essencial para uma intervenção eficaz, visando reduzir os riscos e a progressão da doença. Na sequência, falaremos mais sobre esta que é uma das maiores causas de cegueira em pessoas com idade avançada.
Quais os primeiros sinais de catarata?
Um dos primeiros sintomas perceptíveis é a visão embaçada ou turva, que pode começar a interferir nas atividades diárias, como a leitura ou a condução. À medida que a doença se desenvolve, pode ocorrer uma perda gradual da nitidez visual, tornando as cores menos vibrantes.
Além disso, muitas pessoas notam um aumento da sensibilidade à luz, especialmente durante a noite. Outros indicadores comuns de catarata incluem a presença de halos ao redor das luzes, dificuldade em ver claramente à noite e uma percepção geral de que as lentes dos olhos estão embaçadas.
Quem pode ter catarata?
Existem pessoas que nascem com a doença, ou seja, as chamadas cataratas congênitas, também existem pessoas que desenvolvem por meio de algum tipo de problema, como diabete, miopia e uso de medicamentos. Entretanto, a mais comum é a catarata senil que acomete a população idosa e inicia geralmente após os 60 anos.
Diagnóstico da doença
O diagnóstico da catarata é realizado por um oftalmologista por meio de uma avaliação completa dos sintomas, histórico médico e exames oftalmológicos. Aqui estão alguns passos que podem ser incluídos no processo de diagnóstico:
- Entrevista e histórico médico;
- Exame visual;
- Exame de lâmpada de fenda;
- Teste de sensibilidade ao contraste;
- Dilatação pupilar;
- Exames de imagem.
Com base nos resultados desses exames, o oftalmologista poderá confirmar o diagnóstico, determinar a gravidade da doença e o tratamento.
Tratamento
O único tratamento existente, eficaz e resolutivo é a cirurgia, visto que não existem colírios para a administração da doença. Se a catarata estiver causando sintomas significativos que afetam a qualidade de vida, a cirurgia de remoção do cristalino opaco e a substituição por uma lente intraocular são frequentemente recomendadas.
É importante destacar que a tecnologia na cirurgia avançou muito nos últimos anos, trazendo maior eficácia e segurança para as pessoas.
Prevenção e estilo de vida para diminuir os riscos de catarata
A prevenção é de extrema relevância quando o assunto é a redução do risco de desenvolvimento de catarata ocular. Embora a idade seja conhecida como o principal agente de risco e inevitável para o desenvolvimento de cataratas, existem algumas medidas que podem ajudar a reduzir o risco ou retardar a progressão da doença. Vamos a algumas delas:
- Alimentação saudável: consumir uma dieta à base de alimentos com propriedades antioxidantes, como vitaminas C e E, pode ser benéfico para a saúde dos olhos. Frutas e vegetais coloridos, como espinafre, brócolis, cenouras e frutas cítricas, são boas fontes desses nutrientes.
- Proteção contra a luz solar: a exposição prolongada aos raios ultravioleta (UV) pode aumentar o risco de desenvolver este tipo de doença ocular. Use óculos solar com proteção UV sempre que estiver ao ar livre.
- Parar de fumar: o tabagismo está associado a um maior risco de desenvolvimento de catarata. Parar de fumar pode ajudar a reduzir esse risco.
- Controle de doenças crônicas: algumas condições médicas, como diabete, podem aumentar o risco da condição. Manter essas condições sob controle, mediante dieta equilibrada e acompanhamento médico regular, pode ser benéfico.
- Exames regulares: são fundamentais para detectar as causas antecipadamente e receber as orientações adequadas.
Por fim, as medidas podem ajudar a prevenir a catarata ou atrasar seu desenvolvimento, mas não são uma cura definitiva. Se você acredita ter catarata ou tem preocupações com a saúde dos seus olhos, é essencial procurar um oftalmologista para um diagnóstico preciso e tratamento adequado.