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Catarata: 5 Formas de Prevenir, Diagnóstico e Tratamento

A catarata é caracterizada por tornar opaca o cristalino, lente natural do olho, e se não tratada, pode resultar em cegueira. Saiba mais!

Luciana Simões

Mulher de idade avançada realizando teste clínico da visão para verificar sinais da catarata.

A catarata é uma doença ocular oftalmológica com forte relação com o envelhecimento, não é à toa que pesquisas apontam a estimativa de que 75% das pessoas com idade acima dos 60 anos são vítimas da doença, ou seja, a cada quatro pessoas com esta idade, três tem catarata, o que é muito comum.

A catarata é caracterizada por tornar opaca o cristalino, lente natural do olho, podendo levar a uma visão embaçada e, se não tratada, pode resultar em cegueira. Ela pode se desenvolver primeiro com a perda da sensibilidade ao contraste, ou seja, a pessoa passa a ter mais dificuldade para enxergar em ambientes com menos luminosidade, com a impressão de que as coisas estão desbotadas.

Compreender seus sintomas, tratamento e forma de prevenção, é essencial para uma intervenção eficaz, visando reduzir os riscos e a progressão da doença. Na sequência, falaremos mais sobre esta que é uma das maiores causas de cegueira em pessoas com idade avançada.

Mulher de idade avançada realizando teste clínico da visão para verificar sinais da catarata.
Mulher de idade avançada realizando teste clínico da visão para verificar sinais da catarata. (Imagem: Canva)

Quais os primeiros sinais de catarata?

Um dos primeiros sintomas perceptíveis é a visão embaçada ou turva, que pode começar a interferir nas atividades diárias, como a leitura ou a condução. À medida que a doença se desenvolve, pode ocorrer uma perda gradual da nitidez visual, tornando as cores menos vibrantes.

Além disso, muitas pessoas notam um aumento da sensibilidade à luz, especialmente durante a noite. Outros indicadores comuns de catarata incluem a presença de halos ao redor das luzes, dificuldade em ver claramente à noite e uma percepção geral de que as lentes dos olhos estão embaçadas.

Quem pode ter catarata?

Existem pessoas que nascem com a doença, ou seja, as chamadas cataratas congênitas, também existem pessoas que desenvolvem por meio de algum tipo de problema, como diabete, miopia e uso de medicamentos. Entretanto, a mais comum é a catarata senil que acomete a população idosa e inicia geralmente após os 60 anos.

Diagnóstico da doença

O diagnóstico da catarata é realizado por um oftalmologista por meio de uma avaliação completa dos sintomas, histórico médico e exames oftalmológicos. Aqui estão alguns passos que podem ser incluídos no processo de diagnóstico:

  • Entrevista e histórico médico;
  • Exame visual;
  • Exame de lâmpada de fenda;
  • Teste de sensibilidade ao contraste;
  • Dilatação pupilar;
  • Exames de imagem.

Com base nos resultados desses exames, o oftalmologista poderá confirmar o diagnóstico, determinar a gravidade da doença e o tratamento.

Tratamento

O único tratamento existente, eficaz e resolutivo é a cirurgia, visto que não existem colírios para a administração da doença. Se a catarata estiver causando sintomas significativos que afetam a qualidade de vida, a cirurgia de remoção do cristalino opaco e a substituição por uma lente intraocular são frequentemente recomendadas.

É importante destacar que a tecnologia na cirurgia avançou muito nos últimos anos, trazendo maior eficácia e segurança para as pessoas.

Mulher visita oftalmologista para realizar testes de visão como forma de prevenir o avanço da catarata.
Mulher visita oftalmologista para realizar testes de visão como forma de prevenir o avanço da catarata. (Imagem: Canva)

Prevenção e estilo de vida para diminuir os riscos de catarata

A prevenção é de extrema relevância quando o assunto é a redução do risco de desenvolvimento de catarata ocular. Embora a idade seja conhecida como o principal agente de risco e inevitável para o desenvolvimento de cataratas, existem algumas medidas que podem ajudar a reduzir o risco ou retardar a progressão da doença. Vamos a algumas delas:

  • Alimentação saudável: consumir uma dieta à base de alimentos com propriedades antioxidantes, como vitaminas C e E, pode ser benéfico para a saúde dos olhos. Frutas e vegetais coloridos, como espinafre, brócolis, cenouras e frutas cítricas, são boas fontes desses nutrientes.
  • Proteção contra a luz solar: a exposição prolongada aos raios ultravioleta (UV) pode aumentar o risco de desenvolver este tipo de doença ocular. Use óculos solar com proteção UV sempre que estiver ao ar livre.
  • Parar de fumar: o tabagismo está associado a um maior risco de desenvolvimento de catarata. Parar de fumar pode ajudar a reduzir esse risco.
  • Controle de doenças crônicas: algumas condições médicas, como diabete, podem aumentar o risco da condição. Manter essas condições sob controle, mediante dieta equilibrada e acompanhamento médico regular, pode ser benéfico.
  • Exames regulares: são fundamentais para detectar as causas antecipadamente e receber as orientações adequadas.

Por fim, as medidas podem ajudar a prevenir a catarata ou atrasar seu desenvolvimento, mas não são uma cura definitiva. Se você acredita ter catarata ou tem preocupações com a saúde dos seus olhos, é essencial procurar um oftalmologista para um diagnóstico preciso e tratamento adequado.

Luciana R. Simões é Farmacêutica formada pela Universidade Presidente Antônio Carlos – UNIPAC com CRF/MG: 25.741 – Pós-graduada em Farmacologia: Atualização e Novas Perspectivas pela Universidade Federal de Lavras – UFLA. Possui formação em Farmácia Clínica e Serviços Farmacêuticos pela ABRAFARMA; em Capacitação em Serviços de Vacinação em Farmácias pela IBras – Faculdade Catedral; Curso de Formação Gerencial da Farmácia Indiana. Atuou como Gerente Farmacêutica na Farmácia Indiana e na linha de frente do COVID-19 no processo de testagem rápida de anticorpos e de antígeno. Além disso, possui experiência há mais de 12 anos no mercado farmacêutico.

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