A diverticulite é uma condição que afeta o cólon, causando inflamação de um ou mais divertículos (diverticulose), pequenas bolsas no intestino, podendo ser leve ou graves com aparição de obsessos e até a perfuração do intestino. Essas bolsas podem se formar nas paredes do trato gastrointestinal, especialmente no cólon, parte final do (intestino grosso), localizado na região pélvica do abdômen.
A presença de divertículos nessa região é relativamente comum, e essa área é frequentemente afetada quando ocorre a diverticulite, causando desconforto abdominal. Estima-se que cerca de 18% da população acima dos 40 anos pode desenvolver divertículos e 50% da população com idade acima dos 75 anos tem divertículos, que se não observados os sinais podem desenvolver a diverticulite. Veja também: Apendicite.
Embora seja mais comum em pessoas com idade avançada, qualquer um pode desenvolver essa condição inflamatória. A seguir, vamos explorar os sintomas, causas e opções de tratamento para quem enfrenta a diverticulite.
Possíveis Causas
A diverticulite frequentemente está associada a alguns fatores que levam a pessoa a desenvolver a inflamação, são eles:
1) Hereditariedade: fatores hereditários podem influenciar na formação de divertículos e consequentemente a diverticulite.
2) Envelhecimento: o risco aumenta com o avanço da idade.
3) Dieta pobre em fibras: Falta de fibras pode levar à constipação, aumentando a pressão no cólon.
4) Obesidade: O sobrepeso é outro fator que está associado a um maior risco.
5) Falta de exercício: A atividade física regular contribui para a saúde do cólon.
6) Tabagismo: Fumar pode aumentar o risco de complicações.
A formação de pequenas bolsas chamadas divertículos no cólon é comum, mas quando esses divertículos ficam inflamados ou infectados, ocorre o que conhecemos por diverticulite.
Sintomas mais comuns
Os sintomas da diverticulite podem variar de leves a graves e incluem:
- Dor abdominal: A dor é normalmente localizada no lado inferior esquerdo do abdômen e pode variar em intensidade, indo de desconforto leve a dor aguda e intensa, podendo causar sensibilidade ao toque na área afetada.
Além disso, pode ser acompanhada por outros sintomas, como:
- Febre e calafrios: sinais de possível infecção.
- Náuseas e vômitos: podem ocorrer devido a inflamação.
- Mudança do hábito intestinal: constipação ou diarreia.
Em casos graves, pode levar a complicações como abscessos ou perfurações do cólon. Caso haja suspeita de diverticulite, é essencial procurar a orientação de um profissional de saúde para diagnóstico e tratamento adequados.
Como é feito o diagnóstico e avaliação médica?
Normalmente é feito com base nos sintomas clínicos, histórico médico do paciente e exames de imagem. Alguns dos exames comumente utilizados para detectar divertículos e avaliar a condição incluem:
- Colonoscopia: permite que o médico examine diretamente o interior do cólon em busca de divertículos, além de possibilitar a realização de biópsias.
- Tomografia Computadorizada (TC): Ela fornece imagens detalhadas das estruturas internas, permitindo a identificação de divertículos inflamados ou complicações, como abscessos.
- Enema de Bário: permite que o médico profissional visualize o cólon em raios-X e identifique a presença de divertículos.
- Ultrassonografia: pode ser utilizada para avaliar a presença de divertículos, especialmente em casos de suspeita de complicações, como abscessos.
- Exames de Sangue: podem ser solicitados para avaliar se há sinais de infecção.
Lembrando que a avaliação médica detalhada é fundamental para determinar a abordagem de tratamento adequado.
O que fazer para sair da crise de diverticulite?
No momento de uma crise, o repouso, dieta líquida, o uso de analgésicos para regular a dor e antibióticos, se indicados pelo médico, são os mais comuns.
Além do tratamento médico, adotar hábitos saudáveis como uma dieta rica em fibras, hidratação, exercícios consistentes e gestão do estresse podem ajudar a acalmar e prevenir crises de diverticulite.
Vale lembrar que, nos casos em que essa condição é mais grave, intervenções médicas ou cirúrgicas podem ser necessárias. Consultar um gastroenterologista ou proctologista é fundamental para orientação específica.
O que comer para prevenir a diverticulite?
Por se tratar de uma condição inflamatória e muita associada ao estilo de vida contemporâneo com mudanças que vão ter impactos significativo no seu padrão alimentar, é importante considerar como base uma alimentação o mais natural possível para a saúde intestinal, isso inclui alimentos como:
- Frutas,
- verduras,
- legumes,
- grãos e cereais integrais ricos em fibras alimentares;
- probióticos como iogurte e kefir.
Não devemos esquecer de aumentar a ingestão de líquidos, essencialmente de água natural. Além disso, evitar alimentos ultraprocessados ricos em conservantes e aditivos são formas de prevenir o desenvolvimento de divertículos e a inflamação. Veja também: Alimentação saudável.
Como é administrado o tratamento?
O tratamento vai depender da gravidade da doença, o que pode incluir, em alguns casos, as seguintes abordagens:
I) Diverticulite Não Complicada: neste caso, a administração pode consistir no uso de antibióticos e repouso intestinal. Podendo ser feito ao nível ambulatorial, em (casa) ou em ambiente hospitalar, essa decisão vai depender de alguns critérios clínicos e da gravidade da doença.
II) Diverticulite Complicada: neste caso, onde há complicações, como abscessos, perfurações, fístulas ou outros problemas mais graves associados à inflamação dos divertículos. O tratamento é sempre hospitalar e na maioria das vezes vai precisar de cirurgia.
Conclusão
A diverticulite é uma condição desafiadora, mas com o diagnóstico precoce e com tratamento oportuno, é possível gerenciar os sintomas e prevenir complicações graves. Além disso, ao adotar hábitos saudáveis, como uma dieta equilibrada e a prática regular de exercícios, você estará diminuindo os riscos dessa condição.
A saúde do cólon é fundamental para o bem-estar geral, e compreender os fatores que geram a diverticulite pode ser o primeiro passo para cuidar do seu sistema digestivo. Lembre-se sempre de consultar um profissional de saúde para avaliação e orientação específica para o seu caso.