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Endometriose: Compreenda e Supere os Desafios

Endometriose é uma doença complexa que afeta milhares de mulheres. Acesse o conteúdo e saiba mais!

Luciana Simões

Mulher com fortes dores na região pélvica, um dos sinais da endometriose.

A endometriose é uma doença complexa que afeta milhares de mulheres, suas causas não são inteiramente conhecidas. Atualmente, muitos estudos estão sendo realizados para maior compreensão da doença.

O que sabemos é que essa enfermidade, é caracterizada pelo crescimento do tecido endometrial fora do útero, podendo causar uma série de sintomas dolorosos, nem todas as pessoas acometidas são conscientes deste problema. Além disso, é uma doença que gera impactos significativos, afetando a qualidade de vida de muitas mulheres em todo o mundo.

Estima-se que a endometriose acomete 1 a cada 10 mulheres no Brasil, o que equivalente a 10% de mulheres afetadas pela doença, podendo chegar a 30% em mulheres mais jovens na idade reprodutiva.

A seguir, exploraremos mais sobre a doença, os sintomas, diagnóstico e como é feito o tratamento.

Mulher com fortes dores na região pélvica, um dos sinais da endometriose.
Mulher com fortes dores na região pélvica, um dos sinais da endometriose. (Imagem: Canva)

O que causa a doença?

A endometriose é uma doença enigmática, com causa desconhecida, ou seja, não se sabe porque o endométrio cresce para fora do útero. Portanto, essa condição pode causar dor intensa, desconforto durante a menstruação, dor durante ou após a relação sexual, além de problemas de fertilidade em alguns casos.

Tipos de endometriose

Existem 4 tipos da doença, as quais são:

  • Endometriose superficial: refere-se a uma forma da condição em que o tecido semelhante ao endométrio cresce na superfície de órgãos dentro da cavidade pélvica. É caracterizada por lesões menores que não penetram profundamente nos tecidos dos órgãos afetados. As áreas mais comuns são: útero, ovários, peritônio (membrana que reveste a cavidade abdominal) e outros órgãos pélvicos.
  • Endometriose profunda: é uma forma mais avançada da condição, na qual o tecido semelhante ao endométrio cresce abaixo da superfície dos órgãos pélvicos, penetrando profundamente nos tecidos. Isso pode envolver acometimento de estruturas como os ligamentos uterossacros, o septo retovaginal, a parede intestinal ou a bexiga.
  • Endometriose ovariana (endometrioma): refere-se a cistos ovarianos que se formam como resultado da endometriose. Esses cistos são também conhecidos como “cistos de chocolate” devido à sua aparência característica de conteúdo escuro, semelhante ao chocolate derretido.
  • Endometriose extrapélvica: ocorre quando há presença de tecido semelhante ao endométrio fora da cavidade pélvica, em locais distantes dos órgãos reprodutivos. Os locais extrapélvicos incluem os pulmões, diafragma, parede abdominal, cicatrizes de cirurgias anteriores, intestinos, bexiga ou ureteres.

Quando começa a endometriose?

Geralmente, a doença começa a se desenvolver durante os anos reprodutivos, ou seja, durante os anos férteis de uma mulher. A condição muitas vezes se torna aparente durante a adolescência ou início da idade adulta.

Além disso, o primeiro sinal pode ser a dor menstrual intensa (dismenorreia) que não melhora com o tratamento comum para cólicas menstruais. A doença também pode ser diagnosticada mais tarde, quando a mulher enfrenta dificuldades para engravidar e procura avaliação de infertilidade.

Quem tem a doença pode engravidar?

Algumas mulheres com a condição podem engravidar naturalmente, enquanto outras podem enfrentar desafios. A gravidade da endometriose, a localização das lesões, a extensão do comprometimento dos órgãos reprodutivos e outros fatores podem influenciar a fertilidade.

Dessa forma, a endometriose é uma doença inflamatória, que pode prejudicar a fertilização e, consequentemente, impedir a mulher de engravidar. Estudos demonstram que 40% a 50% das mulheres que possuem a doença têm dificuldades para engravidar.

Como diagnosticar a endometriose?

O diagnóstico da doença é realizado de diferentes formas, o que pode incluir:

  • Anamnese;
  • Exames físicos;
  • Ressonância específica para o mapeamento da endometriose;
  • Exame de imagem – Ecografia transvaginal com preparo intestinal realizada por profissionais com capacitação específica da doença;
  • Laparoscopia, procedimento cirúrgico frequentemente utilizada para confirmar a presença de tecido endometrial fora do útero;
  • Biópsia, confirmando que a paciente tem ou não a doença.
Médica explicando para paciente mulher sobre a endometriose.
Médica explicando para paciente mulher sobre a endometriose. (Imagem: Canva)

Tratamento

O tratamento pode incluir medicamentos para controlar os sintomas, terapias hormonais para regular o crescimento do tecido endometrial e, em casos mais graves, cirurgia para remover as áreas afetadas.

Alguns dos principais tipos de tratamento incluem:

  • Remédios para alívio dos sintomas;
  • Cirurgia conservadora (laparoscopia);
  • Terapia hormonal;
  • Histerectomia (remoção dos ovários e útero).

Conclusão

Por fim, a endometriose pode causar uma variedade de sintomas, desde dor pélvica intensa até complicações na fertilidade. Seja na forma superficial, profunda ou extrapélvica, a doença requer uma abordagem cuidadosa e personalizada para diagnóstico e tratamento.

É fundamental que as mulheres busquem a orientação médica com o ginecologista especialista em endometriose para gerenciar essa condição, melhorar a qualidade de vida e, quando desejado, preservar a fertilidade.

Luciana R. Simões é Farmacêutica formada pela Universidade Presidente Antônio Carlos – UNIPAC com CRF/MG: 25.741 – Pós-graduada em Farmacologia: Atualização e Novas Perspectivas pela Universidade Federal de Lavras – UFLA. Possui formação em Farmácia Clínica e Serviços Farmacêuticos pela ABRAFARMA; em Capacitação em Serviços de Vacinação em Farmácias pela IBras – Faculdade Catedral; Curso de Formação Gerencial da Farmácia Indiana. Atuou como Gerente Farmacêutica na Farmácia Indiana e na linha de frente do COVID-19 no processo de testagem rápida de anticorpos e de antígeno. Além disso, possui experiência há mais de 12 anos no mercado farmacêutico.

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