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Bradicardia: 7 Causas de Batimentos Cardíacos Abaixo do Normal

Descubra os mistérios da bradicardia: uma análise cuidadosa do fenômeno e suas implicações na saúde. Saiba mais!

Luciana Simões

Bradicarida: monitor marcando 46 batimentos cardíacos por minuto.

A bradicardia, caracterizada pela diminuição da frequência cardíaca abaixo dos padrões considerados normais, é um fenômeno que merece nossa atenção e compreensão. Em um mundo acelerado, onde a pressa muitas vezes dita o ritmo, a bradicardia nos convida a refletir sobre a importância do equilíbrio.

Ao contrário da agitação do dia a dia, essa situação nos conduz a apreciar a tranquilidade e a reflexão, lembrando-nos de que, em certos momentos, a serenidade do coração é um sinal de bem-estar.

A bradicardia ocorre quando o coração apresenta uma frequência de batimentos em repouso inferior a 50 por minuto. É importante destacar que o diagnóstico de bradicardia não é feito apenas com base na frequência cardíaca, mas também nos sintomas que o paciente apresenta.

Bradicardia monitor marcando 46 batimentos cardíacos por minuto.
Bradicardia monitor marcando 46 batimentos cardíacos por minuto. (Imagem: Canva)

O que causa a bradicardia?

Há várias causas que podem fazer o coração bater mais devagar. Listamos abaixo as 7 principais:

1. Bom condicionamento físico

Uma causa comum de bradicardia é o bom condicionamento físico. Atletas de alto rendimento, por exemplo, podem apresentar frequência cardíaca de até 36 batimentos por minuto. Isso ocorre porque seus corações são eficientes e não precisam bater rápido, pois conseguem enviar sangue suficiente para o cérebro e o resto do corpo.

Se você pratica exercícios regularmente e tem uma frequência cardíaca baixa, pode ser apenas uma resposta normal do seu corpo ao condicionamento físico.

2. Uso de remédios

Alguns remédios podem fazer o coração bater mais devagar. Os beta-bloqueadores, por exemplo, são comumente prescritos para tratar condições como enxaqueca, pressão alta e problemas cardíacos. Outros remédios, como alguns antiarrítmicos e bloqueadores de canal de cálcio, também podem causar bradicardia.

Se você está tomando algum remédio e suspeita que ele possa estar causando algum mal, consulte o seu médico para uma avaliação e possível ajuste da medicação.

3. Arritmias

Algumas arritmias cardíacas podem levar a uma frequência cardíaca baixa. Uma condição que exemplifica isso é a doença do nó sinusal, na qual o marcapasso natural do coração falha em manter uma frequência cardíaca regular.

Em outros casos, os bloqueios atrioventriculares, como o bloqueio de segundo grau e o bloqueio completo, também podem causar bradicardia. Se você suspeita que possa ter uma arritmia, é essencial consultar um cardiologista para um diagnóstico adequado.

4. Reação vasovagal

A reação vasovagal ocorre quando o nervo vago é ativado, resultando em vasodilatação e frequência cardíaca mais lenta. Situações como estar em um lugar quente, abafado, fechado, permanecer em pé por muito tempo ou ver sangue podem desencadear essa reação.

Em casos extremos, pode levar à queda da pressão arterial e desmaio. Geralmente, o diagnóstico dessa reação é clínico, com base nos sintomas relatados pelo paciente.

5. Hipotireoidismo

O hipotireoidismo é uma doença onde a glândula tireoide produz menos hormônio do que o necessário, podendo levar a uma frequência cardíaca mais lenta. O hormônio da tireoide regula o metabolismo do corpo, incluindo a frequência cardíaca. Portanto, a falta desse hormônio pode resultar em bradicardia.

Se você suspeita que possa ter hipotireoidismo, consulte um médico endocrinologista para um diagnóstico adequado e tratamento com reposição hormonal.

6. Relaxamento excessivo

Em determinadas situações, um elevado nível de relaxamento pode resultar em uma diminuição da frequência cardíaca. Isso pode acontecer durante períodos de descanso prolongado ou durante a realização de exames, como o eletrocardiograma. Essa bradicardia associada ao relaxamento não requer tratamento, pois não causa sintomas.

7. Envelhecimento

À medida que as pessoas envelhecem, várias mudanças ocorrem no sistema cardiovascular, e algumas delas podem afetar a frequência cardíaca, o que pode incluir: desgaste natural do sistema de condução cardíaca, fibrose e substituição de tecido, alterações na função autonômica e descondicionamento físico.

Como saber se estou com sintomas da bradicardia?

Para identificar se está com batimentos cardíacos abaixo do normal, o que caracteriza bradicardia, preste atenção aos sintomas que incluem:

  • Cansaço;
  • Fadiga;
  • Falta de ar;
  • Indisposição;
  • Sonolência;
  • Tonturas;
  • Desmaio;
  • Dor no peito,
  • Confusão mental.

Qual o diagnóstico para a bradicardia?

Para diagnosticar a bradicardia e identificar sua origem, o médico pode requisitar os seguintes exames:

  • Eletrocardiograma;
  • Teste ergométrico;
  • Ecocardiograma;
  • Análises sanguíneas para avaliar a função da tireoide.

O que dizer do tratamento para bradicardia?

Nem sempre é necessário tratar a bradicardia, especialmente se não estiver causando sintomas ou problemas significativos. No entanto, há casos em que a bradicardia pode estar associada a sintomas graves ou a uma condição médica, neste caso pode ser adotado o seguinte:

Médica verificando a frequência cardíaca do paciente.
Médica verificando a frequência cardíaca do paciente. (Imagem: Canva)
  • Monitoramento regular;
  • Ajustes em medicamentos;
  • Dispositivos de marcapasso;
  • Tratamento da causa subjacente;
  • Estilo de vida saudável.

Faça exames regulares e consulte a orientação do médico profissional para informações mais precisas sobre a saúde do seu coração.

A bradicardia pode ser perigosa?

Em alguns casos, a bradicardia pode não causar problemas significativos, especialmente se a pessoa estiver saudável e não apresentar sintomas.

No entanto, em outras situações, pode representar risco se ocasionar sintomas como desmaios e privação de oxigênio para o cérebro ou até levar a complicações mais sérias. Assim, é fundamental procurar um médico para avaliar a necessidade de tratamento, se necessário.

Conclusão

A bradicardia pode originar-se de diversas causas, que vão desde o nível de condicionamento físico até a utilização de medicamentos ou complicações cardíacas.

Além disso, caso haja preocupação em relação à frequência cardíaca reduzida ou se você estiver experimentando sintomas relacionados ao coração, é crucial buscar a orientação de um médico para um diagnóstico preciso para determinar a causa e recomendar o tratamento apropriado.

Lembrando que cada situação é única e demanda uma avaliação personalizada. Não deixe de compartilhar seus sintomas e inquietações com um profissional de saúde especializado. Sua saúde merece toda a sua atenção e cuidado!

Este conteúdo foi inspirado no vídeo @espacovitacardio do Dr. Cotta Junior no canal do YouTube.

Luciana R. Simões é Farmacêutica formada pela Universidade Presidente Antônio Carlos – UNIPAC com CRF/MG: 25.741 – Pós-graduada em Farmacologia: Atualização e Novas Perspectivas pela Universidade Federal de Lavras – UFLA. Possui formação em Farmácia Clínica e Serviços Farmacêuticos pela ABRAFARMA; em Capacitação em Serviços de Vacinação em Farmácias pela IBras – Faculdade Catedral; Curso de Formação Gerencial da Farmácia Indiana. Atuou como Gerente Farmacêutica na Farmácia Indiana e na linha de frente do COVID-19 no processo de testagem rápida de anticorpos e de antígeno. Além disso, possui experiência há mais de 12 anos no mercado farmacêutico.

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