Contato
Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

Gastrite: Compreendendo a Inflamação do Estômago

De acordo com dados da OMS, estima-se que cerca de 50% da população mundial possa ter sido afetada pela gastrite. Clica e saiba mais!

Luciana Simões

Gastrite: condição inflamatória que causa desconforto no estômago de milhares de pessoas.

Chama-se de gastrite toda e qualquer inflamação da camada superficial do estômago, independentemente da causa. É uma doença comum que atinge milhares de pessoas em todo o mundo. Contudo, é importante ressaltar quando a gastrite se encontra no estágio maior, ou seja, no estágio erosivo a pessoa pode evoluir para uma úlcera.

De acordo com dados da OMS, estima-se que cerca de 50% da população mundial possa ter sido afetada pela gastrite em algum momento de suas vidas. Esse número impressionante destaca a relevância e a importância de compreendermos melhor essa condição para melhorar a saúde e o bem-estar de milhões de pessoas.

Em seguida, descubra o que é, os sintomas, as causas e o tratamento da gastrite..

Gastrite: condição inflamatória que causa desconforto no estômago de milhares de pessoas.
Gastrite: condição inflamatória que causa desconforto no estômago de milhares de pessoas. (Imagem: Canva)

O que é a gastrite?

Gastrite é uma condição médica caracterizada pela inflamação, irritação ou erosão do revestimento interno do estômago, conhecido como mucosa gástrica. A mucosa gástrica é uma camada de tecido que protege o estômago das secreções ácidas necessárias para a digestão dos alimentos.

A gastrite pode ser aguda, com início súbito e de curta duração, ou condição crônica, desenvolvendo-se gradualmente e persistindo por um longo período.

O que causa a gastrite?

A gastrite é uma doença multifatorial, ou seja, pode possuir várias causas, dentre os fatores relevantes podemos destacar:

  • Alimentos: a ingestão de alguns alimentos podem agravar a gastrite, como cafeína, alimentos processados, alimentos picantes, alimentos gordurosos e frituras.
  • Remédios: o uso de anti-inflamatórios não-esteroidais (AINES), como a aspirina, pode provocar ou agravar a gastrite.
  • Presença de bactérias: a infecção no estômago pela presença da bactéria Helicobacter pylori.
  • Estresse: o estresse crônico leva ao aumento de cortisol e, consequentemente, diminui a proteção gástrica, podendo gerar a gastrite.
  • Tabagismo: a nicotina aumenta a produção do ácido clorídrico, o qual torna o estômago mais suscetível à infecção por H. pylori, bactéria responsável por causar gastrite e úlceras.
  • Excesso de álcool: o uso excessivo de álcool pode irritar a mucosa gástrica, causando inflamação, dor, além de comprometer a saúde do coração.
  • Pacientes quimioterápicos: o uso de remédios oncológicos prolongados podem provocar dor no estômago.

Quais são os sintomas?

Os sintomas mais comuns são:

  • Azia;
  • Mal-estar;
  • Náuseas/vômitos;
  • Dor ou desconforto gastrointestinal;
  • Queimação no estômago;
  • Peso no estômago;
  • Perda de apetite;
  • Sensação de estufamento.

Vale lembrar que se você possui com frequência os sintomas acima, orienta-se procurar um médico gastroenterologista para fazer uma avaliação mais adequada e um diagnóstico correto.

Mulher asiática com dores estomacais devido a gastrite.
Mulher asiática com dores estomacais devido a gastrite. (Imagem: Canva)

O que não pode comer quando está com gastrite?

Recomenda-se evitar alimentos e bebidas que possam irritar ou agravar a inflamação do revestimento do estômago. Cada pessoa pode reagir de forma diferente, mas aqui estão algumas recomendações gerais do que evitar:

  • Alimentos ácidos

Evite alimentos e bebidas ácidos, como tomate, suco de laranja, limão, vinagre e refrigerantes com gás, pois podem aumentar a acidez estomacal e causar desconforto.

  • Alimentos picantes

Pimentas, molhos apimentados e pratos temperados com especiarias fortes podem irritar o estômago e agravar a gastrite.

  • Cafeína

Café, chá-preto, chá-verde, bebidas energéticas e algumas bebidas gaseificadas contêm cafeína, que pode aumentar a acidez estomacal e piorar os sintomas.

  • Alimentos fritos e gordurosos

Alimentos fritos, ricos em gordura ou processados podem ser difíceis de digerir e desencadear sintomas de gastrite, além de aumentar os riscos para obesidade.

  • Álcool

O álcool pode irritar o revestimento do estômago e aumentar a produção de ácido, tornando-o prejudicial para quem tem gastrite, além de aumentar os um riscos de doenças cardiovasculares.

  • Produtos lácteos ricos em gordura

Alguns laticínios, como queijos gordurosos e leite integral, podem agravar os sintomas em algumas pessoas.

  • Alimentos ricos em fibras insolúveis

Evite alimentos que possam ser difíceis de digerir, como cascas de frutas, vegetais crus e grãos integrais, pois podem irritar o estômago.

  • Alimentos processados e com alto teor de conservantes

Refeições prontas, alimentos embutidos e salgadinhos podem conter aditivos que agravam a inflamação.

  • Chocolate e doces

O chocolate contém cafeína e gordura, e doces ricos em açúcar podem irritar o estômago em algumas pessoas.

  • Bebidas gaseificadas

Evite refrigerantes e outras gaseificadas, pois podem causar inchaço e desconforto.

É importante lembrar que cada pessoa pode ter sensibilidades alimentares individuais, portanto, é recomendado manter um diário alimentar para identificar quais alimentos específicos podem estar causando os sintomas.

Diagnóstico

O diagnóstico é realizado através da anamnese com o médico gastroenterologista por meio de exames, como a endoscopia, exames de sangue para detectar a presença de H. pylori ou testes de fezes.

Tratamento

O tratamento da gastrite pode incluir o uso de remédios para reduzir a acidez estomacal, antibióticos para eliminar a infecção por H. pylori (quando presente), além de mudanças na dieta e no estilo de vida para evitar irritantes gástricos.

Portanto, é de suma importância que a pessoa esteja disposta a mudar o estilo de vida, como ingerir uma alimentação saudável, parar de fumar, evitar a automedicação, consumo excessivo de álcool, etc. Dessa forma, a mudança será parte fundamental para o sucesso do tratamento.

Luciana R. Simões é Farmacêutica formada pela Universidade Presidente Antônio Carlos – UNIPAC com CRF/MG: 25.741 – Pós-graduada em Farmacologia: Atualização e Novas Perspectivas pela Universidade Federal de Lavras – UFLA. Possui formação em Farmácia Clínica e Serviços Farmacêuticos pela ABRAFARMA; em Capacitação em Serviços de Vacinação em Farmácias pela IBras – Faculdade Catedral; Curso de Formação Gerencial da Farmácia Indiana. Atuou como Gerente Farmacêutica na Farmácia Indiana e na linha de frente do COVID-19 no processo de testagem rápida de anticorpos e de antígeno. Além disso, possui experiência há mais de 12 anos no mercado farmacêutico.

Contato