A ansiedade e a baixa autoestima são dois aspectos emocionais que impactam significativamente a vida das pessoas. A ansiedade, com suas preocupações incessantes e medos constantes, pode minar a autoestima e a confiança de uma pessoa, criando um ciclo de negatividade.
E aqui eu quero falar sobre as crenças que diminuem nossa autoestima, crenças de nós mesmos, a crença que eu tenho sobre mim, sobre quem eu sou, sobre minhas potencialidades, habilidades e aparência.
Se faço uma avaliação subjetiva, com uma visão negativa de mim mesmo, do tipo: ninguém me ama, sou incompetente, sou incapaz, não sou interessante, ninguém me respeita, não dou certo com ninguém, etc. Essas crenças podem levar a um quadro de maior impacto em nossa vida, o de desvalor e por vezes até evoluir para quadros depressivos.
Qual a relação da ansiedade com a baixa autoestima?
Todos nós em nossa vida passamos por quadros ansiosos, esse não é o maior problema, a grande questão é quando esses quadros de ansiedade se tornam mais intensos e evoluem para outros quadros como, por exemplo, a síndrome do pânico.
Além de fatores biológicos, existem também muitas questões psicológicas profundas que estão relacionadas com nossas crenças que potencializam os quadros de ansiedade. Por outro lado, a baixa autoestima pode aumentar os sentimentos de ansiedade, gerando um espiral descendente que prejudica a qualidade de vida.
O que é a baixa autoestima?
É quando você atribui um valor negativo para si constantemente, ou seja, quando você não possui amor-próprio, autoconfiança e autoaceitação. Além disso, quando uma pessoa possui baixa autoestima, ela pode constantemente duvidar de suas habilidades, sentir-se inadequada, insegura e incapaz de alcançar seus objetivos.
Esse estado emocional pode ser influenciado por diversas circunstâncias, como aparência, experiências passadas, feedbacks negativos, expectativas pessoais negativas, posição social ou financeira e até mesmo comparação com as outras pessoas.
Sintomas de baixa autoestima
A baixa autoestima pode se manifestar de várias maneiras e pode variar de pessoa para pessoa. Alguns dos sintomas comuns associados à baixa autoestima são:
I. Falta de confiança em si;
II. Medo de rejeição;
III. Timidez em excesso;
IV. Sensação de incapacidade;
V. Perfeccionismo;
VI. Isolamento social;
VII. Tendência à procrastinação e preguiça;
VIII. Hábito de se comparar com outras pessoas.
É importante notar que a baixa autoestima pode ser um problema complexo e os sintomas podem variar de pessoa para pessoa. Se alguém estiver enfrentando problemas de autoestima que afetem sua qualidade de vida, é recomendável procurar o apoio de um profissional de saúde mental, como um psicólogo ou terapeuta, para obter ajuda e orientação adequadas.
Consequências da baixa autoestima
- Dificuldades em relacionamentos;
- Diminuição das conquistas profissionais;
- Insegurança;
- Aumento do risco de Burnout;
- Dificuldade em aceitar elogios ou acreditar em si;
- Sentimento de incompetência e inadequação;
- Evitar desafios ou situações que envolvam riscos;
- Dificuldade em estabelecer limites e dizer “não”;
- Comparação constante com os outros e sentimento de inferioridade;
- Sentimentos de tristeza, ansiedade ou depressão.
- Tendência a se culpar por tudo que dá errado.
Técnica da ressignificação
A técnica da ressignificação consiste em você dar um novo significado, outro sentido para tudo aquilo que vai contra sua vida e que está te impedindo de viver o extraordinário, como: crenças limitantes sobre si, o mundo e as outras pessoas, e experiências negativas e sentimentos indesejados.
Faça questionamentos
Tenha por hábito enquadrar suas crenças e sentimentos buscando evidências sobre sua veracidade. Exemplos:
- Crença e sentimento negativo
I. De 0 a 10, o quanto acredito ser isso uma verdade?
II. O que estou ganhando ao acreditar e sentir dessa forma? Liste os ganhos.
III. O que estou perdendo? Liste as perdas.
- Crença e sentimento positivo
IV. Como seria acreditar e sentir de modo diferente? Descreva o sentimento.
V. O que eu ganharia ao acreditar e sentir de modo diferente?
VI. O que de pior poderia acontecer ao acreditar e sentir com outra perspectiva?
Exercício prático
Substituindo crenças e sentimentos indesejados por fortalecedores. Descreva a crença e o sentimento limitante seguindo o exemplo abaixo:
- Crença/pensamento: eu não me sinto capaz.
- Sentimento: incapacidade
- Comportamento: evitação, não ajo em direção ao objetivo
- Pergunta: quais evidências eu tenho de que não sou capaz? Houve algum momento que eu fiz algo em que acreditava não ser capaz e mesmo assim eu fui lá e o realizei?
- Nova crença: eu sou capaz de alcançar meus objetivos, tenho dentro de mim todo potencial para realizar o que desejo.
- Sentimento: coragem, confiança, capacidade, poder de realização, determinação.
- Comportamento: postura firme, agir em direção ao objetivo
Por fim, a visão distorcida que temos de nós mesmos faz com que limitemos nosso potencial de realização, gerando ansiedade e baixa autoestima. Como nos vemos impacta nas nossas decisões, comportamentos e resultados diante da vida. Portanto, a mudança de mentalidade e a busca pelo autoconhecimento são fatores relevantes para alcançarmos o sucesso pessoal e profissional.
Além disso, respeite sua história, você não é obra do acaso, quando nos sentimos mal conosco mesmos, podemos perder oportunidades, relacionamentos e até mesmo desistir de nossos sonhos. É crucial reconhecer que a autoestima é o alicerce para a construção de uma vida plena e bem-sucedida.