Fobia social ou transtorno de ansiedade social, é uma condição psicológica caracterizada por medo intenso de se expor, de estar no centro das atenções como, por exemplo, falar em público, aparecer ao vivo em redes sociais, realizar apresentações da faculdade frente a colegas, professores, reuniões de trabalho diante do chefe e outros colaboradores.
Pessoas com fobia social, vivem em constante estado de evitação a situações que desencadeiam o transtorno. O medo é tanto que só de pensar seu corpo começa a ter reações fisiológicas do tipo: suor excessivo, coração acelerado, tremores, sensação de tontura, boca seca, sensação de pânico e desespero.
Além disso, a pessoa com fobia social, sente um forte desejo de isolamento, condição esta que lhe assegura segurança, conforto e tranquilidade. Evitar situações estressantes que envolvem a exposição pública e desencadeiam os sintomas é uma estratégia para o fóbico social.
A seguir, abordaremos sobre as possíveis causas da fobia social, sintomas, e dicas de como superá-la.
Quais são as possíveis causas?
As causas da fobia social são complexas e podem envolver uma combinação de fatores genéticos, biológicos, psicológicos e ambientais. Alguns dos principais fatores que podem contribuir para o desenvolvimento da fobia social incluem:
- Genética
Existe uma predisposição genética de transtornos de ansiedade, pois se há um membro da família com histórico de fobia social ou transtorno de ansiedade, aumenta a probabilidade de desenvolver a doença.
- Fatores Biológicos
Desequilíbrios químicos no cérebro, como níveis anormais de neurotransmissores, como, por exemplo, a serotonina, podem desempenhar um papel no desenvolvimento da fobia social.
- Experiências Traumáticas
Traumas ou experiências negativas na infância, como bullying, rejeição ou humilhação, podem contribuir para o surgimento da fobia social. Essas experiências podem criar associações negativas com situações sociais e levar a respostas de ansiedade.
- Ambientes
Crescer em um ambiente superprotetor ou com pais ansiosos pode aumentar o risco de desenvolver fobia social. Além disso, vivenciar situações sociais em que houve reações de ansiedade ou evitação também pode contribuir para a aprendizagem da fobia social.
- Estresse e Pressão Social
Expectativas elevadas de desempenho em situações sociais, como a sensação de ser constantemente avaliado ou julgado, pode contribuir para a ansiedade social. Dessa forma, é fundamental buscar gerenciar o estresse e criar limites saudáveis para evitar o esgotamento mental.
- Personalidade e Temperamento
Indivíduos com certos traços de personalidade, com baixa autoestima, perfeccionismo, sensibilidade excessiva à crítica ou tendência a evitar riscos, podem estar mais propensos a desenvolver transtorno social.
Como me livrar da fobia social?
Diante do quadro de fobia social, quanto antes você intervir, melhor! Porque constantes estados de ansiedade, pode condicionar o cérebro a criar padrões de comportamentos indesejados e evoluir para a ansiedade social. Existem algumas técnicas que podem te ajudar, como:
1) Técnica de exposição: consiste em expor de maneira gradual e contínua a situações sociais que antes para você eram desafiadoras, como, por exemplo, apresentar um trabalho na faculdade. Ao vencer as pequenas barreiras, você irá ganhar mais confiança e o medo que antes paralisava não terá poder para impedir de conquistar os seus objetivos.
2) Técnica de relaxamento: se baseia na respiração pausada e serve como aprendizado para que você conquiste o autocontrole em períodos críticos. As vantagens dessa técnica é que você potencializa a percepção de si durante a crise, aumenta a concentração e gera sentimento de bem-estar, diminuindo, assim, a tensão.
3) Técnica de habilidades sociais: se caracteriza em desenvolver a comunicação, sendo umas das habilidades mais importantes que existem. Essa técnica não serve apenas para ter mais segurança ao falar em público, mas também para iniciar e concluir conversas particulares ou íntimas.
Se você está passando por essa situação ou conhece alguém, não hesite em buscar apoio de um profissional da saúde, como um psicoterapeuta.
Qual a diferença entre timidez e fobia social?
A timidez é uma tendência natural a se sentir desconfortável em situações sociais, a fobia social representa um transtorno mais profundo e debilitante de intenso medo e requer atenção clínica. Reconhecer e compreender essas diferenças é fundamental para identificar a necessidade de intervenção no caso de ser um transtorno fóbico.
A pessoa tímida tem um certo receio de se expor, mas ainda assim sustenta uma vontade de interagir socialmente, o que o impede, limita, de assim fazer, é a sua crença na incapacidade de se expor. Ele se sente inseguro de si, não capaz, baixa autoconfiança, sentimento de vergonha do que os outros possam falar.
A timidez tem componente genético, que pode se somar a entrada na pré-adolescência e vida adulta, podendo evoluir para uma fobia social, prejudicando a vida pessoal, com perdas de oportunidades.
Por outro lado, o fóbico social tem um grau de dificuldade muito maior ao se expor diante de pessoas, geralmente isso ocorre quando ele têm as atenções voltadas para ele. Isso o coloca em profundo estado de angústia, ansiedade e medo.
Conclusão
Por fim, as pessoas com fobia social geralmente experienciam uma preocupação avassaladora de serem julgadas, criticadas ou humilhadas em situações sociais, levando a um desejo intenso de evitar tais circunstâncias. Isso pode se manifestar em cenários, como falar em público, participar de festas, iniciar conversas ou até mesmo comer em público.
O caminho rumo à superação da fobia social é uma jornada de crescimento e aprendizado, demonstrando que, quando estamos mais confiantes e seguros, podemos superar os nossos medos e os desafios mais difíceis.
